Greve nas universidades: rivais, sindicatos de professores entram em guerra judicial
Proifes vê 'condutas antissindicais' na Andes, que tenta impedi-la de participar de negociações com ações em tribunais por todo o país
Dois sindicatos de professores universitários deflagaram uma guerra nos tribunais. A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) entrou na Justiça contra o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que representa a maior parte da categoria, acusando o rival de "condutas antissindicais".
As duas organizações escalonaram a disputa após a Proifes assinar um acordo com o governo para o fim da greve no fim de maio contra a vontade da Andes. Depois, o Andes conseguiu anular o acordo com uma liminar na Justiça.
A greve de professores das universidades federais já está perto de completar 60 dias. Nesta sexta-feira, haverá nova reunião entre o governo e os sindicatos.
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A gota d'água, de acordo com a Proifes, foi uma campanha promovida pelo Andes para que as seções sindicais ajuizasseem, em todo o território nacional, ações pedindo o impedimento e exclusão da participação do Profies na Mesa Nacional de Negociação Permanente.
Até agora, de acordo com a Proifes, foram identificadas 16 ações idênticas ajuizadas em diversos estados. A prática é conhecida como assédio judicial.
"O Andes tem continuamente exposto a Proifes por meio de postagens em suas redes sociais e site, utilizando-se de linguagem depreciativa, incorrendo em falsas acusações e sem apresentar qualquer prova ou justificativa para tal. Basta de agressões e violência. A democracia exige que as disputas tenham o mínimo de civilidade e ocorram dentro dos princípios republicanos", afirmou o grupo, em nota.
A reportagem procurou o Andes e aguarda um posicionamento da entidade sobre as acusações da Proifes.