GRANDE RECIFE

Greve dos ônibus no Grande Recife: movimentação de passageiros cai 50% no metrô, diz CBTU

Circulação no Metrô do Recife caiu pela metade em meio ao início da greve dos rodoviários

Metrô do Recife tem pouco fluxo com greve dos ônibusMetrô do Recife tem pouco fluxo com greve dos ônibus - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernmabuco

Em meio à greve dos ônibus no Grande Recife, que teve início oficial na manhã desta segunda-feira (12), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) registrou uma diminuição de 50% dos passageiros circulando no metrô.

Os dados comparam um dia normal, sem paralisação, com esse primeiro dia de parada dos rodoviários.

"A CBTU Recife informa que quando há greve de ônibus as estações do Metrô do Recife ficam esvaziadas pois, o grande fluxo de passageiros do sistema é oriundo da integração com as linhas de ônibus", explicou a CBTU, por meio de nota oficial.

A companhia afirma, ainda, que " poderá estender seu horário de pico até às 9h30". Com isso, até lá, mais trens devem transitar nas estações para ajudar a população que ainda não conseguiu se deslocar.

De acordo com a Urbana-PE, até 6h, apenas 23% da frota dos ônibus estava em operação, o que estaria "comprometendo o direito de ir e vir e causando transtornos para a população".

Greve dos ônibus no Grande Recife
O primeiro dia da greve dos rodoviários da Região Metropolitana do Recife está sendo marcado pela alta procura de passageiros e baixa oferta de ônibus, nesta segunda-feira (12).

Pelo menos 1,2 milhão de passageiros são afetados com a paralisação na RMR. No Terminal Integrado da Joana Bezerra, no centro do Recife, as filas são enormes. O local é atendido por 11 linhas, que suprem mais de 40 mil usuários.

Por meio de nota, a Urbana-PE afirmou que deve acionar a Justiça para resolver a questão. Ainda segundo a empresa, na madrugada desta segunda-feira (12), o Sindicato dos Rodoviários bloqueou as garagens de todas as empresas de ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife, impedindo a circulação da frota e o trabalho dos profissionais que não desejam aderir à greve.

“Alertamos que os bloqueios contam com o envolvimento direto de grupos políticos e pessoas de outros Estados, sem relação com a categoria local dos rodoviários”, acrescenta o comunicado.

A empresa diz ainda que a atitude do Sindicato dos Rodoviários descumpre tanto a determinação de frota mínima de 70% estabelecida pelo Grande Recife Consórcio de Transporte quanto a Lei 7.783/89, a lei de greve. Até às 6h, segundo a Urbana-PE, apenas 23% da frota estava em operação, o que estaria comprometendo o direito de ir e vir da população, causando transtornos. 

Reprovação das propostas
Os rodoviários negociam reajustes com a Urbana-PE há cerca de um mês. Segundo o sindicato, no entanto, as propostas não apresentaram melhorias significativas. Os motoristas alegam ainda que a empresa é capaz de oferecer, financeiramente, condições melhores do que foi proposto até agora.

Uma das propostas atuais é de 0,5% de aumento do salário acima da inflação. O pedido dos rodoviários, no entanto, foi de 5% de reajuste real. 

A Urbana-PE propôs, ainda, um valor de R$ 400 para o vale-alimentação, além de um abono de R$ 180 para quem exerce a dupla função - também não aceitos pela categoria. Há, ainda, a instituição de um plano de saúde para os trabalhadores, que até hoje não contam com o benefício, assim como o controle das horas trabalhadas.

Rodoviários estacionam ônibus na Av. Guararapes em protesto contra a Urbana-PERodoviários paralisados. - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

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