Gripe Aviária: CPRH suspende, temporariamente, recebimento de animais silvestres e marinhos
Medida é por conta do estado de emergência zoossanitária nacional pela grive aviária H5N1
Diante da emergência zoosanitária decretada em território nacional por conta da gripe aviária H5N1, a Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) suspendeu o recebimento de animais silvestres e marinhos na sede da instituição, no bairro do Poço da Panela, Zona Norte do Recife, e no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras Tangara), localizado no bairro da Guabiraba, também na Zona Norte da capital pernambucana.
A suspensão começou a valer na quarta-feira (24), será temporária e deverá durar 180 dias, mesmo período do estado de emergência zoosanitária decretado pelo Ministério de Pecuária e Agricultura (Mapa).
O recebimento suspenso é o de animais silvestres oriundos de fiscalização, entrega voluntária e também animais marinhos. As únicas exceções são animais do continente provenientes de resgates que estejam feridos e precisando de assistência médica.
Leia também
• Gripe aviária: produtor deve reforçar segurança, recomenda associação
• Produtores reforçam protocolos após emergência zoossanitária
• Gripe aviária: Sociedade médica brasileira recomenda que população fique longe de aves silvestres
A medida, acrescenta a CPRH, busca proteger a biodiversidade e os 1.400 animais domiciliados no Cetras Tangara. Com a emergência zoosanitária, as autoridades tentam evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência comercial e também preservar a fauna e a saúde humana.
“Diante desse quadro, estamos tomando as medidas preventivas cabíveis e possíveis para a biossegurança das pessoas que trabalham no Cetras, bem como dos animais que ali se encontram em processo de reabilitação para que, posteriormente, sejam devolvidos à natureza”, explicou o diretor-presidente da CPRH, José de Anchieta dos Santos.
A CPRH, no entanto, ainda não explicou o que deve ser feito com os animais que deveriam ser recebidos pela agência.
Segundo o gestor da Unidade de Gestão de Fauna, Iran Vasconcelos, diversas aves migratórias marinhas estão sendo encontradas mortas nas praias do litoral pernambucano.
O trabalho de recolhimento e resgates desses animais, vivos ou mortos, está sendo realizado pelo pessoal da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro).
Veja também
Fiocruz mantém alerta para alta de casos graves de covid-19
