SAÚDE

Gripe aviária: homem com suspeita no ES está assintomático e pode deixar isolamento nesta sexta (19)

De 33 amostras coletadas, apenas uma segue em suspeita; resultado deve sair na próxima semana

Pernambuco é o quarto maior produtor de ovos, o maior produtor de frangos do NordestePernambuco é o quarto maior produtor de ovos, o maior produtor de frangos do Nordeste - Foto:

Nesta semana, o Ministério da Saúde disse monitorar o primeiro caso suspeito de gripe aviária em humanos no Brasil, em Vitória, no Espírito Santo.

Em coletiva na noite desta quinta-feira (18), o subsecretário de Vigilância em Saúde do estado, Orlei Cardoso, explicou que o homem é funcionário de um dos parques onde foram encontradas aves com o vírus (H5N1), mas que ele está assintomático e pode sair do isolamento ainda nesta sexta-feira.

— Nós adotamos um protocolo de investigação, fizemos uma investigação no local. No Parque da Fazendinha, especialmente, foram 33 coletas de amostras por precaução. No dia de hoje (quinta-feira), já temos 32 que estão fora do monitoramento, porque isso (a análise) começou no dia 8 de maio. Tem uma pessoa que se encontra suspeita, que dentro de mais 24 horas pode estar sendo liberada (do isolamento) porque já está assintomática — disse Cardoso.

Segundo o comunicado do ministério, o paciente tem 61 anos e apresentou sintomas gripais leves. A suspeita ocorre após o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmar, no último dia 15, os dois primeiros casos da doença em aves no Brasil. O resultado da análise da amostra do homem deve sair na próxima semana.

— Essas amostras são coletadas aqui, passam pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo) por organização e são encaminhadas para o laboratório de referência na Fiocruz (...) É um caso suspeito, e a amostra foi encaminhada para o laboratório de referência. Provavelmente na próxima semana teremos o resultado desse paciente. A situação encontra-se controlada nesse sentido e continuamos a fazer um monitoramento — afirmou o subsecretário.

 

A gripe aviária é uma doença provocada por cepas do vírus Influenza que circulam entre aves, porém não se disseminam com facilidade entre humanos. Algumas dezenas de casos em pessoas de fato são registradas pelo planeta anualmente, porém sempre transmitidos pelo animal.

“É importante ressaltar que não foram registrados casos confirmados de influenza aviária A (H5N1) em humanos no Brasil. A transmissão da doença ocorre por meio de contato com aves doentes, vivas ou mortas. E, de acordo com o que foi observado no mundo, o vírus não infecta humanos com facilidade e, quando isso ocorre, geralmente a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada”, diz comunicado do Ministério da Saúde.

No entanto, o crescimento das infecções entre aves, que bateu recordes no último ano, e o registro de contaminação em outras espécies, como mamíferos, têm acendido o alerta entre especialistas, que temem uma mutação que leve o patógeno a circular entre as pessoas.

Como a gripe tem uma alta transmissibilidade, e a versão aviária apresenta uma letalidade elevada ao infectar humanos (cerca de 53%), as autoridades de saúde monitoram de perto qualquer suspeita da doença. Em fevereiro deste ano, a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) emitiu um alerta em que mencionou os surtos “sem precedentes” entre aves e o risco de ela “se espalhar para humanos”.

“Desde outubro de 2021, um número sem precedentes de surtos foi relatado em várias regiões do mundo, atingindo novas áreas geográficas e causando impactos devastadores na saúde e bem-estar animal”, diz o comunicado. "A situação atual destaca o risco de que a gripe aviária H5N1 possa se adaptar melhor aos mamíferos e se espalhar para humanos e outros animais”.

Aves abatidas
Além dos casos iniciais identificados nas aves, que morreram, nesta quinta-feira a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo (Seag) confirmou que outras 26 aves passaram por um procedimento de eutanásia no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhas (Ipram).

A ação foi tomada “conforme determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária como medida preventiva, uma vez que foi constatada a possibilidade de transmissão local, colocando em risco as demais aves que estão no meio ambiente e as pessoas que trabalham com essas aves. Todo procedimento foi amparado na legislação vigente”, destaca nota da pasta.

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