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Gripe aviária: nova variante em vacas nos EUA tem alteração genética

De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o risco de contaminação por gripe aviária para humanos continua baixo

Vírus da gripe aviária H5N1 Vírus da gripe aviária H5N1  - Foto: NIH / NIAD

A nova variante da gripe aviária (H5N1) responsável pela infecção de vacas leiteiras no estado de Nevada, nos Estados Unidos, apresenta uma variação genética que facilita a sua replicação em mamíferos, como mostra um novo relatório técnico do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos EUA.

O subtipo da H5N1, chamado D1.1, está associado a duas infecções consideradas graves. Ele era encontrado apenas em pessoas e pássaros, diferente da cepa B3.13, conhecida como "clado do gado" e detectada pela primeira vez no Texas. Contudo, a D1.1 foi identificada em vacas pela primeira vez em Nevada.

Além disso, neste novo cenário, uma mutação na cepa D1.1 presente no gado leiteiro proporciona a replicação do vírus em mamíferos.

"O PB2 D701N foi anteriormente associado à adaptação de mamíferos porque melhora a atividade da RNA polimerase e a eficiência da replicação em células de mamíferos e tem o potencial de afetar a patogênese em mamíferos infectados", diz o documento.

Segundo a pasta, a transmissão do subtipo para as vacas pode ter se dado através de pássaros. Uma teoria levantada por especialistas é que houve um contato com as aves mortas ou suas fezes em um local próximos às fazendas com gado infectado.

O resultado do sequenciamento foi publicado logo após o surgimento do primeiro caso positivo da gripe aviária em um humano que trabalhava em uma fazenda de laticínios localizada no estado.

Por outro lado, de acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o risco de contaminação por gripe aviária para humanos continua baixo. No total, 67 casos humanos foram confirmados no país desde 4 de março de 2024.

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