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Danos ambientais

Grupo francês recebe multa milionária por danos ambientais em Minas Gerais

O grupo foi multado em R$ 288 milhões por "danos ambientais" após o transbordamento da barragem na Mina Pau Branco, em Nova Lima, Belo Horizonte

Usina Vallourec na região do Barreiro, em Belo Horizonte, Minas GeraisUsina Vallourec na região do Barreiro, em Belo Horizonte, Minas Gerais - Foto: Divulgação / Vallourec

O grupo francês Vallourec foi multado em 288 milhões de reais por "danos ambientais" após o transbordamento de uma barragem em uma de suas minas no Brasil, anunciaram nesta terça-feira(11) autoridades locais. 

O governo do estado de Minas Gerais indicou em nota que "notificou, nessa segunda-feira (10/1), a empresa Vallourec pelos danos ambientais causados após o transbordamento do dique de contenção de sedimentos da Mina Pau Branco", localizada na cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. 

A notificação também prevê a suspensão das atividades (da barragem) até a apresentação dos documentos que comprovem sua estabilidade. 

O transbordamento, causado pelas fortes chuvas que atingiram a região de Minas Gerais, ocorreu no sábado.

As toneladas de água com lama que escaparam da barragem interromperam o trânsito na rodovia que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro por dois dias. 

Em nota enviada à AFP, a Vallourec confirmou "o recebimento do auto de infração no dia 10 de janeiro de 2022 e está analisando o teor do documento pelas áreas técnicas". 

Desde que a barragem transbordou, a Vallourec "não poupou esforços" para "minimizar os transtornos", acrescentou a empresa. 

De acordo com o governo de Minas Gerais, a Vallourec, que extrai ferro desde 1980 para fazer tubos na mina de Pau Branco, é considerada “infratora reincidente”, já que foi multada em 2020 “por não cumprir os prazos estabelecidos para enviar documentos relativos a barragens de água".

As chuvas intensas que atingem Minas Gerais causaram enchentes e deslizamentos de terra que deixaram 10 mortos entre domingo e segunda-feira, segundo autoridades locais. 

Todos os mineradores da região foram obrigados a fornecer detalhes sobre a estabilidade de suas barragens em 24 horas e alguns moradores foram evacuados preventivamente, segundo o governo de Minas Gerais. 

No início de 2019, o rompimento de uma barragem de mineração da empresa Vale em Brumadinho, também em Minas Gerais, deixou 270 mortos e danos incalculáveis ao meio ambiente.

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