Redes sociais

Guerra em Israel: União Europeia pressiona X, Meta e TikTok a barrarem desinformação

Bloco europeu iniciou investigação contra X (ex-Twitter) para apurar circulação de conteúdo extremista; presidente da rede social respondeu que tem removido contas

Imagens da execução de civis, de sequestros de vítimas e de mortos têm circulado nas redes sociaisImagens da execução de civis, de sequestros de vítimas e de mortos têm circulado nas redes sociais - Foto: Pixabay

A União Europeia tem pressionado o X (antigo Twitter), o TikTok e a Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, a barrar a circulação de conteúdos extremistas e de desinformação sobre a guerra entre Israel e Hamas. Desde terça, o comissário europeu para o mercado interno tem alertado as empresas sobre o tema.

No caso do X, os reguladores do bloco decidiram iniciar, nesta quinta-feira, uma investigação formal sobre circulação de vídeos e imagens violentas, além de outros conteúdos ilegais. A empresa, de propriedade de Elon Musk, terá que responder aos questionamentos até 18 de outubro.

Há dois dias, Thierry Breton, comissário da União Europeia, passou a enviar comunicados nominais aos donos das maiores plataformas digitais com alerta sobre a disseminação de informações falsas e imagens gráficas do conflito. Os documentos lembravam a necessidade de cumprimento da Lei de Serviços Digitais (DSA), que regula as big techs e está em vigor desde agosto.

Elon Musk foi o primeiro a receber a carta, na terça-feira. O documento foi enviado para Mark Zuckerberg, fundador da Meta, no dia seguinte. Nesta quinta-feira, foi a vez de Breton endereçar o aviso ao CEO do TikTok, Shou Zi Chew. A todos foi dado o prazo de 24 horas para uma resposta.

Desde o estopim da guerra, com o ataque terrorista do Hamas, imagens da execução de civis, de sequestros de vítimas e de mortos têm circulado amplamente nas redes sociais.

Os avisos para Musk, Zuckerberg e Shou Zi Chew
No comunicado enviado à Zuckerberg, o comissário europeu destaca a onda de "conteúdos ilegais e de desinformação" que foi disseminada nas redes após o início do conflito. "Peço que esteja muito vigilante para garantir o cumprimento estrito das regras da DSA", segue o texto. "Convido-os urgentemente a garantir que vossos sistemas são eficazes", acrescenta.

Aos três, Breton lembra que a Lei de Serviços Digitais (DSA) do bloco europeu "estabelece obrigações muito precisas em relação a moderação de conteúdo". Para Elon Musk, o comissário indicou que a plataforma fosse transparente sobre qual conteúdo é permitido de acordo com os termos de X. "Recebemos, de fontes qualificadas, relatórios sobre conteúdo potencialmente ilegal que circula em seu serviço".

No documento enviado a Shou Zi Chew, o comissário destaca o fato da rede social ser "amplamente utilizada por crianças e adolescentes" e cita "obrigação especial de protegê-los de conteúdos violentos que retratam a tomada de reféns e outras imagens explícitas".

'Estamos profundamente preocupados'
No mesmo dia em que recebeu a comunicação de uma investigação formal, Linda Yaccarino, presidente do X, respondeu ao primeiro documento enviado por Thierry Breton. A executiva, que assumiu o comando da rede social em junho, diz estar 'profundamente preocupada' com o ataque terrorista contra Israel.

Linda afirma que a plataforma adotou medidas para remover dezenas de milhares de conteúdos e que reuniu um grupo de liderança da plataforma para endereçar a crise. A executiva acrescentou que redistribui equipes e recursos para lidar com o tema.

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