Guerra entre Israel e Hamas já tirou a vida de 53 jornalistas
Conflito é considerado o mais mortal para a imprensa em três décadas e já contabiliza mais que o triplo de mortes da categoria registradas na Ucrânia
Cinquenta e três jornalistas e funcionários de empresas de comunicação morreram desde que começou a guerra entre Israel e Hamas em 7 de outubro, de acordo com o balanço mais recente do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), publicado nesta terça-feira (21). O conflito já é considerado o mais mortal em três décadas para profissionais da imprensa na região, registrando mais de uma vítima fatal por dia.
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Das vítimas, 46 eram palestinos, quatro, israelenses, e três, libaneses, segundo a organização defensora da imprensa, com sede em Nova York, que monitora as vítimas em Israel, na Faixa de Gaza e na fronteira libanesa. O número é mais que o triplo do total de mortes registrado em 21 meses de confronto na Ucrânia, segundo o CPJ.
A atualização do balanço foi feita depois que dois jornalistas da rede libanesa pró-Irã al-Mayadeen morreram nesta terça-feira em ataques israelenses no sul do Líbano, perto da fronteira com Israel, conforme anúncio das autoridades libanesas.
Além disso, segundo o CPJ, 11 jornalistas ficaram feridos, e três estão desaparecidos desde o início do conflito. Por trás da mortalidade recorde, há ainda tentativas de censura, ameaças, prisões arbitrárias, ataques a redações e familiares se tornando alvo, denuncia o Comitê.
"Os jornalistas em Gaza estão expostos a riscos particularmente altos enquanto cobrem o ataque israelense, que inclui devastadores ataques aéreos, interrupções nas comunicações, escassez de abastecimento e apagões de energia", disse a organização.
Em Israel, segundo as autoridades, 1,2 mil pessoas, a maioria civis, morreram no ataque lançado em 7 de outubro por comandos do Hamas infiltrados na Faixa de Gaza.
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e bombardeia sem pausa o território palestino, onde seu Exército também opera uma ofensiva terrestre desde 27 de outubro. Mais de 14,1 mil pessoas — a maioria civis e milhares de crianças — morreram na ofensiva israelense em Gaza, segundo o Ministério de Saúde governado pelo Hamas.