Guerra na Ucrânia: Zelensky compara Putin a Hitler e cobra apoio amplo
Presidente da Ucrânia, em guerra, discursou nesta sexta-feira (7) no Parlamento francês, em Paris
Em um discurso no Parlamento da França, na sequência das comemorações dos 80 anos do Dia D, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comparou a Rússia de Vladimir Putin com a Alemanha nazista de Adolf Hitler e definiu Kiev como "a chave da segurança da Europa". Convidado de honra dos aliados ocidentais, Zelensky agradeceu pelo apoio recebido até agora, mas pediu por uma ajuda ainda mais aprofundada.
"Hitler cruzou linha vermelha após linha vermelha, Putin faz o mesmo" disse o presidente ucraniano, acrescentando que os seus nacionais são herdeiros dos combatentes aliados da Segunda Guerra Mundial.
Os paralelos históricos de Zelensky não pararam por aí. O presidente ucraniano também afirmou que a invasão da Ucrânia pela Rússia trouxe de volta "o nazismo à Europa" — a narrativa de Moscou sobre a guerra acusa o regime de Kiev de nazismo — e que, 80 anos depois do Desembarque da Normandia, "a Europa já não é um continente de paz".
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A reunião dos líderes ocidentais na França, em meio às comemorações do Dia D, foi pensada como um palco para, além da memória da Segunda Guerra, reforçar o apoio ocidental à Ucrânia. Ao longo do dia de ontem, outros paralelos com o conflito histórico e a atual guerra no Leste Europeu foram traçados por figuras como o presidente dos EUA, Joe Biden, e o rei da Inglaterra, Charles III. O conflito atual foi comparado à guerra mundial por se tratar de um embate entre liberdade e autoritarismo, disseram.
O discurso de Zelensky conversou com pontos tratados pelos seus aliados. O presidente afirmou que a Ucrânia é a "chave da segurança da Europa", colocando a perspectiva de Kiev sobre o mesmo tema levantado por Biden em um pronunciamento no dia anterior — ontem, Biden disse que os aliados não iriam recuar, porque se a Ucrânia fosse subjugada "não terminaria por aí".
"É na Ucrânia que reside a chave da segurança da Europa" disse Zelensky. "Sem controlar a Ucrânia, a Rússia terá que ser um Estado nacional normal, e não um império colonial que procura constantemente novos territórios na Europa, na Ásia e na África".