Habitat para a Humanidade Brasil fará mais de 100 cisternas para famílias do Agreste Pernambucano
A Habitat para a Humanidade Brasil construirá de mais de 100 cisternas para famílias que vivem em locais com dificuldade de acesso à água nos municípios de Riacho das Almas, Salgadinho, Bom Jardim e Araripina
A ONG Habitat para a Humanidade Brasil, organização da sociedade civil que atua, há mais de 30 anos, para combater as desigualdades e garantir que pessoas em condições de pobreza tenham um lugar digno para viver, tem como projeto contínuo, em 2025, a construção de mais de 100 cisternas para famílias que vivem em locais com dificuldade de acesso à água no agreste de Pernambuco.
Para a edição deste ano, a ação conta com o apoio de investidores privados, como a Grundfos Brasil, a Habitat for Humanity Holston, o Rotary Club Caruaru e voluntários estrangeiros. As obras terão início na segunda semana de março, e atenderão famílias dos municípios de Riacho das Almas, Salgadinho, Bom Jardim e Araripina.
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De acordo com uma medida publicada no Diário Oficial, em janeiro, o Governo de Pernambuco decretou situação de emergência em 117 cidades devido à seca, sendo 93 municípios em áreas rurais e 51 em zonas urbanas, incluindo Riacho das Almas. Segundo levantamento da Agência Pernambucana de Águas e Clima, a previsão para os três primeiros meses de 2025 é de chuvas abaixo da média histórica, com seca moderada a grave em boa parte do estado.
Construção de mais de 100 cisternas
Cerca de metade das cisternas serão construídas com a realização de 12 brigadas formadas, cada uma, em média, por cerca de 30 voluntários estrangeiros da ONG Habitat para a Humanidade Brasil, que não apenas financiam o projeto, mas também participam da construção das cisternas.
Cada brigada tem como meta construir, no mínimo, quatro cisternas, contribuindo diretamente para a melhoria das condições de vida e da infraestrutura habitacional das famílias do município. Do total de cisternas, 55 serão construídas através da parceria da ONG Habitat para a Humanidade Brasil com organizações parceiras locais, como a Agroflor e a Chapada.
As cisternas são reservatórios projetados para captar, armazenar e conservar a água da chuva, para ser utilizada pelas famílias nos períodos de estiagem. O local de sua construção é, geralmente, na frente das casas, próximo do telhado e distante de fontes de contaminação, como fossas sépticas.
No caso das cisternas construídas no Agreste pernambucano, são feitas com placas de concreto e todos os materiais utilizados são adquiridos pela organização em armazéns locais, contribuindo para a economia local.
Para Mohema Rolim, gerente de programas da ONG Habitat para a Humanidade Brasil, a situação de emergência em mais de 100 municípios pernambucanos por motivo da estiagem prolongada acende mais um alerta sobre as dificuldades do acesso à água e a importância das tecnologias sociais; que desempenham um papel essencial na promoção da convivência sustentável com o semiárido.
"Reduzir os impactos da seca exige a implementação de políticas públicas que promovam acesso igualitário à água e investimentos em infraestrutura adequada, além disso, é crucial apoiar iniciativas que ampliem a autonomia das famílias e comunidades, como a construção de cisternas familiares e comunitárias, implementação de sistemas de dessalinização, sistemas de reuso de água, entre outros, além da gestão compartilhada dos recursos hídricos, para enfrentar as desigualdades estruturais de maneira mais eficaz”, declarou Mohema.
Habitat para a Humanidade Brasil
A Habitat para a Humanidade Brasil é uma organização da sociedade civil que, há mais de 30 anos, atua para combater as desigualdades e garantir que pessoas em condições de pobreza tenham um lugar digno para viver.
Presente em mais de 70 países, a organização promove a incidência em políticas públicas pelo direito à cidade e soluções de acesso à moradia, à água e ao saneamento, em articulação com diversos setores e comunidades.