Haddad: se não fosse Perse e desoneração da folha, País teria feito superávit primário em 2024
Segundo ministro, cortar gastos primários é tão importante quanto "acabar com privilégios, gasto tributário que não teve efeito real na economia"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, repetiu nesta quinta-feira (20) que o governo teria produzido um superávit primário em 2024, se não fosse pela prorrogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e da desoneração da folha de pagamentos. Segundo Haddad, as contas do governo, que apontavam para um custo anual de R$ 15 bilhões com o Perse, estavam corretas..
Leia também
• Pressão alta afeta a qualidade do sêmen desde a juventude, diz estudo
• Brasil vai apresentar 'propostas mais ousadas para o meio ambiente' na COP30, diz Haddad
• Consulta com 106 pessoas na Faria Lima não é pesquisa, diz Haddad ao comentar Genial/Quaest
No programa Bom Dia, Ministro, da EBC, ele acrescentou que o governo tem de trabalhar com o Congresso para acabar com privilégios e com gastos tributários que não têm efeito real na economia.
Isso é tão importante quanto cortar despesas primárias, com impacto no resultado primário do governo, ele argumentou.
"Acabar com privilégios, gasto tributário que não teve efeito real na economia, que não trouxe benefício para a população, é tão importante quanto cortar gasto primário. E nós fizemos isso o ano passado. Nós conseguimos uma economia de R$ 30 bilhões em corte de gasto, mais propriamente, contenção de gasto, que é outra maneira de cortar, você impedir que ele cresça no ritmo que ele estava crescendo", disse o ministro da Fazenda.
Haddad destacou que o Congresso tem direito de cobrar do Executivo medidas para ajustar as contas públicas, mas ponderou que o governo tem atuado no corte de gastos e no corte de gastos tributários, procurando alcançar justiça social.