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GUERRA

Hamas acusa Israel da morte de 16 jornalistas desde início dos conflitos

Lista inclui vítimas de bombardeios em Gaza e repórter da Reuters atingido na fronteira com o Líbano

Conflito entre Hamas e IsraelConflito entre Hamas e Israel - Foto: Aris Messini/AFP

O grupo terrorista Hamas divulgou, nesta terça-feira (17), uma lista com os nomes de 16 jornalistas que teriam sido mortos em ataques israelenses desde o início do conflito, no dia 7 de outubro.

"Mártires da mídia palestina desde o início da agressão israelense na Faixa de Gaza até a manhã de terça-feira", diz a mensagem divulgada pelo Hamas nas redes sociais. Na lista, está incluído Issam Abdallah, da Reuters, atingido por um disparo na última sexta-feira.

Veja abaixo a lista de jornalistas mortos, segundo o Hamas:

Issam Abdallah estava na fronteira do Líbano com Israel quando foi atingido por um disparo. "O inimigo israelense fez um disparo que atingiu um carro civil pertencente a uma equipe de mídia, levando à morte de Issam Abdallah", jornalista da Reuters, e ferindo vários outros na sexta-feira, afirmou em comunicado o Exército libanês, no último sábado.

Os jornalistas cobriam uma série de hostilidades na área de fronteira quando foram atingidos por um dos projéteis. O momento foi registrado ao vivo pela Reuters. Na sequência do ocorrido, uma mulher grita: "O que está acontecendo? Não consigo sentir minhas pernas." O Exército israelense disse que "lamenta" a morte de Abdallah.

Também na lista estão Said al Taweel, da agência de notícias Al-Khamisa; o fotógrafo Mohammed Sabboh; e o correspondente Hisham Nawajhah. Eles morreram em um bombardeio enquanto cobriam a evacuação de um edifício residencial em Gaza. As vítimas estavam a “dezenas de metros” do prédio, uma vez que um morador recebeu um telefonema do exército israelense pedindo que ele evacuasse o local em antecipação ao ataque. Segundo testemunhas, as bombas atingiram outro prédio, mais próximo dos jornalistas estavam.

Ao menos 500 mortos em ataque
Um ataque aéreo israelense a um hospital no centro da cidade de Gaza, na tarde desta terça-feira, deixou pelo menos 500 vítimas. Segundo o Hamas, as vítimas passariam de 870. O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto, informa a agência oficial Wafa. Facções políticas também pediram que os comércios fechassem suas portas como forma de protesto. O Hospital Árabe al-Ahli é o mais antigo de Gaza, fundado em 1882.

"Um novo crime de guerra cometido pela ocupação no bombardeio do Hospital Árabe al-Ahli, no centro da Cidade de Gaza, resultando na chegada de dezenas de mártires e feridos ao Complexo Médico Al-Shifa devido ao bombardeio. Deve-se notar que o hospital abrigou centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas de suas casas à força devido aos ataques aéreos", diz um comunicado do Hamas no Telegram.

Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza, por sua vez, informou numa entrevista televisiva que pelo menos 500 palestinos foram mortos no ataque ao Hospital al-Ahli. Procurada pela BBC, as Forças de Defesa de Israel informaram que ainda não têm detalhes sobre o suposto ataque.

De acordo com a rede de televisão al-Jazeera, o hospital "ainda está em chamas". A reportagem descreveu o cenário na unidade de saúde como "catastrófico". "Ainda há pessoas sob os escombros dos edifícios destruídos. As equipes médicas estão tentando retirar as vítimas, mas há um número crescente de feridos em diferentes áreas da Faixa de Gaza", diz o site do canal.

As ruas das cidades de Nablus, Tulkarem e Jenin foram tomadas por centenas de palestinos que protestam contra o bombardeio. Governada pela ANP, mas ainda sob controle militar israelense, a Cisjordânia vê um alastramento do conflito entre Israel e o Hamas para o seu território desde o último sábado.

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