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Hamas e dois grupos palestinos consideram trégua em Gaza "mais perto do que nunca"

Um dirigente do Hamas declarou neste sábado à AFP que as conversas registraram "avanços significativos e importantes"

Membros da Jihad Islâmica Palestina em foto tirada em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em abril deste ano Membros da Jihad Islâmica Palestina em foto tirada em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em abril deste ano  - Foto: Aid Khatib / AFP

O Hamas e outros dois movimentos armados palestinos afirmaram neste sábado (21) que um acordo de cessar-fogo em Gaza está "mais perto do que nunca", desde que Israel não apresente novas condições.

"A possibilidade de alcançar um acordo (de cessar-fogo e de troca de reféns por presos palestinos) está mais perto do que nunca, se o inimigo parar de impor novas condições", afirmaram o Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), em um comunicado conjunto divulgado após uma reunião no Cairo.

Um ciclo de conversações indiretas entre Israel e o Hamas em Doha, com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, reacendeu esta semana as esperanças de um acordo.

Um dirigente do Hamas declarou neste sábado à AFP que as conversas registraram "avanços significativos e importantes" nos últimos dias.

"Um acordo foi alcançado sobre a maioria dos pontos relacionados com o cessar-fogo e a troca de prisioneiros", afirmou o dirigente, que pediu para permanecer sob anonimato, por não estar autorizado a falar sobre o tema.

"Os problemas não resolvidos persistem, mas isso não deve prejudicar o processo. O acordo deve ser concluído antes do final do ano, desde que não seja prejudicado" por novas condições do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acrescentou.

O Catar atua como mediador ao lado dos Estados Unidos e do Egito no conflito entre Israel e o Hamas, com o objetivo de obter um cessar-fogo e uma troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque de milicianos do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, quando os combatentes sequestraram 251 pessoas, 96 das quais permanecem em Gaza. Deste grupo, 34 estariam mortas, segundo o exército israelense.

No ataque, os combatentes islamistas mataram 1.208 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses que incluem as mortes de alguns reféns sequestrados pelo Hamas.

A ofensiva de represália israelense matou pelo menos 45.227 pessoas em Gaza, segundo os dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

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