Hamas pede à Unesco que salve mesquitas, igrejas e monumentos de Gaza
A ação do Hamas deixou cerca de 1.200 mortos e os bombardeios israelenses causaram cerca de 17.500 mortes, de acordo com as respectivas autoridades
A guerra entre Hamas e Israel reduziu a escombros e provocou danos a edifícios históricos de Gaza, incluindo mesquitas, igrejas e um banho turco, denunciou, nesta sexta-feira (8), o movimento islamista que governa este território palestino, pedindo à Unesco que atue para preservar o patrimônio.
Vários vídeos e fotos divulgados nesta sexta (8) nas redes sociais mostram os estragos do conflito na mesquita de Al Omari, a maior e mais antiga da Faixa de Gaza. Segundo as imagens, apenas o minarete desta mesquita do século XII permanece intacto.
O Ministério de Antiguidades do Hamas denunciou em um comunicado o "saque dos sítios históricos e arqueológicos" de Gaza desde que o exército israelense lançou uma ofensiva em Gaza para “aniquilar” o movimento islamista em resposta ao sangrento ataque a Israel de 7 de outubro.
A ação do Hamas deixou cerca de 1.200 mortos e os bombardeios israelenses causaram cerca de 17.500 mortes, de acordo com as respectivas autoridades. Além disso, a ofensiva israelense reduziu a escombros grande parte deste território palestino.
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"O crime de atacar e destruir sítios arqueológicos deveria incitar o mundo a Unesco a adotar medidas para preservar este grande patrimônio da civilização e da cultura", declarou o ministério, que estima que 104 mesquitas foram devastadas desde o início do conflito.
O Hamas também destacou a destruição do Hamam al-Sammara, último banho turco de Gaza, de mais de 1.000 anos. E denunciou que três igrejas foram devastadas, incluindo o templo grego ortodoxo de São Porfírio.
O patrimônio arquitetônico da Faixa de Gaza já havia sido prejudicado pelas guerras anteriores entre Israel e Hamas, que governa o território desde 2007.