Harry nega ter acusado família real de racismo; imprensa britânica repercute
Para o tabloide The Sun, as declarações "estranhas" marcam uma "virada em relação às declarações incendiárias anteriores"
A imprensa britânica repercutiu com surpresa, nesta segunda-feira (9), as "estranhas" declarações do príncipe Harry, que negou em entrevista ter acusado a família real de racismo, às vésperas do lançamento de seu livro de memórias.
"Eu não disse que a família real é racista", estampou a capa do tabloide Daily Mirror com uma foto do duque de Sussex na entrevista que concedeu à televisão britânica na noite de domingo (8).
Em declarações ao canal ITV para promover sua autobiografia, Harry negou ter acusado a família real britânica de racismo durante uma entrevista à televisão americana em março de 2021. Na ocasião, um de seus familiares teria manifestado preocupação com qual cor da pele teriam os filhos do príncipe com a esposa Meghan Markle.
Para o tabloide The Sun, as declarações "estranhas" marcam uma "virada em relação às declarações incendiárias anteriores".
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Já os jornais The Telegraph e The Times consideram a ação como uma oferta de paz à família.
Ao longo dos últimos dias, a imprensa britânica repercute negativamente os trechos já publicados de "O que sobra", que será lançado oficialmente na terça-feira (10).
Para o Daily Express, o livro do príncipe é "um desastre pessoal cujas consequências prejudicarão Harry pelo resto de sua vida".
"O livro o expôs ao mundo como uma criança ciumenta, cuja incontinência verbal é igualada apenas a sua paranoia", afirma o jornal.
O The Sun vê a publicação como uma "mistura de uma sessão de terapia pública com a busca pessoal de um homem cuja última linha de defesa é o ataque".
Já o The Guardian relembrou a avó de Harry, a rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro passado, aos 96 anos. "Se tivesse vivido para ver, isso não teria matado a rainha. Mas poderia tê-la tornado republicana", brincou.