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PLASMA

Hemobrás bate recorde de coleta de plasma em 2024 e reduz em 90% o descarte

De janeiro a outubro de 2024, foram coletados 160,9 mil litros de plasma

Hemobrás bate recorde de coleta de plasmaHemobrás bate recorde de coleta de plasma - Foto: Ascom/Hemobrás

A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), instituição vinculada ao Ministério da Saúde, conquistou um recorde histórico na coleta do plasma, componente necessário para a produção de medicamentos hemoderivados. 

Faltando dois meses para o fim de 2024, a captação e exportação do plasma ultrapassou o total obtido no somatório de 2023. De janeiro a outubro de 2024, foram coletados 160,9 mil litros de plasma, superando a meta estipulada para 2024 (de 150 mil litros) e ficando 7,2% acima do volume captado em 2023. 

A estimativa é fechar o ano com cerca de 200 mil litros captados. Os números atingidos representam um marco para a saúde pública brasileira.

A produção recorde impactará de forma positiva o abastecimento da produção nacional com produtos da Hemobrás. 

“As conquistas da Hemobrás refletem o compromisso da empresa com a saúde pública e com o Sistema Único de Saúde (SUS), nosso único cliente”, diz a presidente da empresa, a médica Ana Paula Menezes. 

“Ao garantir o aumento do volume de captação e exportação do plasma, da produção e do fornecimento de medicamentos hemoderivados para todo o país, estamos aprimorando a cada dia a missão de levar mais saúde e qualidade de vida à população brasileira”, explica.

Redução no descarte

Outra conquista alcançada pela Hemobrás foi no descarte de plasma após o processo de triagem que avalia a aptidão das bolsas coletadas para a produção de hemoderivados, que caiu 90%, passando de 30% para 3%. 

O descarte, nesse processo, não está ligado ao desperdício, mas a problemas diversos que afetam a qualidade industrial, como o caso do transporte. O recolhimento de plasma na hemorrede ficou suspenso entre 2017 e 2020 devido à publicação da Portaria nº 922/2017 do Ministério da Saúde. 

Nos anos de 2017 e 2018 ainda ocorreu triagem do plasma que havia sido recolhido nos anos anteriores e que tinha sido exportado. O percentual médio de descarte entre 2013 e 2018 foi de 36%. A partir da retomada do recolhimento e triagem do plasma, esse percentual caiu para 8,4% em 2022, 4% em 2023 e 3,7% em 2024 (até outubro). 

A redução se deu após a implementação de medidas para otimizar o transporte e o armazenamento do material, fruto de um esforço para otimizar os processos e fortalecer a hemorrede brasileira. 

Após a realização de um estudo técnico, a Hemobrás identificou os principais fatores que levavam ao descarte.

 "Os resultados refletem o empenho conjunto e continuado que busca ampliar a busca ativa por mais plasma em hemocentros de todas as regiões do país e o aproveitamento máximo do plasma industrial enviado à Hemobrás", afirma Melissa Papaléo, Gerente de Produtos e Suprimentos Farmacêuticos da Hemobrás.

A Empresa adotou soluções para otimizar seus processos e reduzir a proporção do total descartado. Uma das ações mais importantes foi a melhoria no processo logístico de transporte do plasma. A Hemobrás passou a utilizar caixas de papelão para acomodar as bolsas de plasma, o que diminuiu de forma significativa as perdas por quebra durante o transporte. 

"São conquistas grandiosas para a Empresa e para a população brasileira porque vemos o amadurecimento do sistema de coleta e de uma utilização cada vez maior do plasma para beneficiamento industrial em favor da produção de medicamentos", comemora Antônio Edson de Lucena, Diretor Industrial da Hemobrás.

Fortalecimento da hemorrede brasileira
A Hemobrás reforçou o trabalho para o fortalecimento da hemorrede brasileira, qualificando hemocentros em todo o país e ampliando a capacidade de armazenamento de plasma. 

Ao todo, 61 serviços foram qualificados para envio de plasma à Hemobrás e, desses, 55 hemocentros já enviam, juntos, cerca de 20 mil litros de plasma mensalmente.

A diferença entre os qualificados e os que já fazem os respectivos envios se dá porque existe um tempo entre o serviço ser qualificado e passar a enviar o plasma em função da necessidade de algumas adequações no processo e sistema e necessidade de obtenção de autorização do MS. 

Em 2025, a empresa planeja ampliar o quantitativo de hemocentros qualificados, além de requalificar aqueles já aptos para o fornecimento de plasma, e aumentar a capacidade de armazenamento e envio de plasma dos que já são fornecedores.

Esse trabalho será resultado de investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. 

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