Hemope comemora o Dia Nacional do Doador de Sangue
A Fundação Hemope destaca a importância de doar sangue e comemora seu 44º aniversário
Esta quinta-feira (25) é o Dia Nacional do Doador de Sangue, data que está sendo comemorada pela Fundação Hemope, juntamente ao seu aniversário de 44 anos. A semana, que começou dia 22, está sendo marcada pelo evento que conta com homenagem a doadores e apresentações (Erick Violão com a Galera do Bem e Orquestra BL Música). Com a missão de destacar a importância de doar sangue e o mote “Mereço as estrelas, doei sangue”, o evento segue até sábado (27).
Existem alguns critérios para ser doador de sangue. Segundo a Doutora Lesbia Sitkovsky, gerente da unidade do Hemocentro, a pessoa deve ter mais de 18 anos ou estar devidamente acompanhada por pais/responsáveis; ainda sobre a idade, acima de 60 anos, só quem já é doador pode continuar até os 70, não sendo possível começar a doar a partir da faixa de 60.
Além disso, a pessoa precisa estar saudável: dormindo e se alimentando bem, sem ter tomado antibióticos e outros medicamentos que impossibilitem a doação, sem sintomas gripais ou histórico recente de doença venérea, sem doenças transmissíveis pelo sangue (mesmo que inativas, não é possível doar). A saúde da pele também deve estar em dia e o local da punção deve estar limpo. Também é importante que a pessoa leve documento oficial com foto.
“A pessoa também deve pesar mais de 50 kg, sem contar com o peso de sua roupa; isso porque o volume de sangue que cabe na bolsa é acima de 400ml e uma pessoa que pesa menos que 50kg pode ter a saúde prejudicada com a doação”, explica a Doutora Sitkovsky.
Mário José Dias, de 26 anos, é um dos doadores de sangue do Hemope. Pela quinta vez, hoje ele doa sangue pois acredita que se o ato é de bom coração, então ele é bem-vindo. "O pouco que a gente faz se torna muito. Às vezes colocamos obstáculos para não contribuir com a saúde do próximo. Não se sabe o dia de amanhã, pode ser que eu ou um familiar precise de sangue. Se cada um de nós doar pelo menos uma vez no ano, já ajuda”, relata Mário.
A bolsa de sangue pode ser tripla ou quadrupla, a depender da condição do doador; cada bolsa pode servir de 3 a quatro pacientes. Por isso, a gerente do Hemocentro destaca a importância da doação: “Não dá para fabricar ou substituir o sangue, é uma coisa preciosa. Só pode ser reposto com o sangue de outra pessoa, e qualquer um de nós pode precisar disso para sobreviver”, comenta. “Com a solidariedade, não se doa apenas o sangue, mas parte da sua vida para outra pessoa. Por isso é um ato fantástico”, conclui Sitkovsky.
Natural de Bezerros, José Cantalice é um professor aposentado da rede estadual de educação e tem 56 anos. Começou a doar sangue em 1991 e também é doador do Hemope. "Também sou doador de plaquetas. Cheguei uma vez e falaram que estavam precisando, então eu comecei a doar já tem 3 anos”, conta o doador.
“Dou plaquetas duplas; isso significa que as minhas plaquetas dão para 2 pacientes ao mesmo tempo. Para um só, são necessárias 7 doações de sangue; então são 14 doadores de sangue para captar para 2 pacientes”, explica José. “Eu, sozinho, consigo doar para dois pacientes direto; é uma dádiva de Deus. A gente recebe uma vida e ela tem que ser compartilhada”, conclui.
As pessoas que não podem doar sangue, mas têm o desejo de contribuir, podem ajudar a captar novos doadores e divulgar as redes sociais do Hemope. O horário de funcionamento vai das 07:15 às 18:30, de segunda a sábado (incluindo feriados). O telefone para agendamento é o 08000811535.