Herpes: entenda a doença que virou assunto no BBB 22
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram Eliezer com uma ferida no lábio inferior, que é típica da doença
A festa da líder Jade Picon no Big Brother Brasil levantou uma discussão sobre a possibilidade de herpes dentro da casa. É que Eliezer, com uma ferida na boca, beijou Natália e foi alertado por Maria sobre o fato de ter feito isso apesar de aparentar estar com herpes. O brother ainda protagonizou um beijo triplo com as colegas de confinamento.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o brother com uma ferida no lábio inferior, que é típica da doença. "Você está preocupado [com o beijo], mas não tem nada demais. Foram duas pessoas solteiras, com um pouco de álcool. O único problema é você estar com herpes e a beijado sem que ela [Natália] soubesse", disse Maria a Eliezer. A TV Globo ainda não se pronunciou sobre o caso.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a herpes é causada por dois tipos de vírus: o Vírus Varicela-Zóster (VVZ), que causa catapora e também a herpes zóster; e os herpesvírus tipo 1 e tipo 2, que causam o chamado herpes simples.
O herpes simples é uma infecção viral comum e cerca de 90% da população adulta do planeta tem, apesar de não saber e de o vírus até mesmo não se manifestar durante a vida inteira. A médica dermatologista Carolina Coelho explica que a lesão do vírus geralmente se apresenta em uma área avermelhada alta, com bolhas agrupadas e inchadas.
“Depois, a bolha estoura e vira uma casquinha. Pode ser no lábio inferior ou superior, depende de onde o vírus entra”, detalha a médica. A lesão também pode aparecer em áreas próximas à boca, como o nariz, ou aos genitais, até mesmo nas nádegas.
Apesar de a grande maioria da população adulta mundial ter o vírus incubado, é em situações específicas que ele pode se manifestar, como em exposição solar intensa, estresse emocional e em casos de imunidade baixa após doenças.
Transmissão e tratamento
A transmissão do vírus da herpes ocorre por contato direto com a lesão da ferida, seja por saliva, mucosas, pele ou sexo. O vírus pode ser tratado, mas não há cura. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as substâncias aciclovir, fanciclovir e valaciclovir são as mais eficazes disponíveis para tratar o vírus.
“Quem está com a lesão ativa, deve ter copo separado, talher separado. Não pode encostar aquela bolhinha nem beijar na boca, na bochecha, que está cheio de vírus”, acrescenta Carolina.
A ferida causada pela lesão costuma desaparecer em cerca de uma semana. O tratamento com remédio, no entanto, faz com que esse período seja reduzido para dois ou três dias. “Tem remédio para quem tem herpes muito recorrente, serve para aumentar a imunidade. Hoje em dia, é muito difícil alguém ficar sem tratar herpes. É um tratamento acessível”, completa a dermatologista.
Como é um vírus que costuma ficar incubado, a descoberta, sem as lesões aparentes, pode ser feita através de exame de sorologia que indica os anticorpos desenvolvidos e se a pessoa acabou de pegar ou se já tinha o vírus há muito tempo e voltou.
“Só na primeira vez que pega se sente uma moleza, algo leve”, finaliza Carolina sobre a manifestação de sintomas, em casos de herpes.