Hezbollah anuncia morte de 20 integrantes após explosões de walkie-talkies no Líbano
Uma nova onda de explosões de aparelhos de comunicação do Hezbollah deixou pelo menos 20 mortos e mais de 450 feridos na quarta-feira
O grupo islamista libanês Hezbollah anunciou nesta quinta-feira que 20 integrantes do movimento morreram nas explosões de walkie-talkies, atribuídas a Israel, na véspera no Líbano.
Uma nova onda de explosões de aparelhos de comunicação do Hezbollah deixou pelo menos 20 mortos e mais de 450 feridos na quarta-feira em diversas regiões do país, informaram as autoridades.
A primeira onda de explosões aconteceu na terça-feira, quando centenas de pagers utilizados pelo Hezbollah para suas comunicações foram detonados e deixaram 12 mortos e quase 2.800 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
O Hezbollah publicou obituários separados para cada membro falecido "no caminho para Jerusalém", expressão utilizada para fazer referência aos combatentes mortos por Israel.
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"Os 20 membros do Hezbollah morreram nas explosões dos walkie-talkies na quarta-feira", afirmou uma fonte próxima ao grupo.
O Hezbollah acusa Israel pelas explosões, mas o país não fez qualquer comentário.
Nesta quinta-feira, a empresa japonesa Icom afirmou que parou de produzir há 10 anos o modelo de walkie-talkies que supostamente explodiu simultaneamente no Líbano há 10 anos.
"O IC-V82 é um rádio portátil que foi produzido e exportado, também para o Oriente Médio, de 2004 a 2014. Parou de ser fabricado há 10 anos e, desde então, não é comercializado pela nossa empresa", afirma um comunicado.
"A produção das baterias necessárias para o funcionamento da unidade principal também foi interrompida e (os walkie-talkies) não possuem o selo holográfico utilizado para distinguir os produtos falsificados, portanto n]não é possível confirmar se o produto procede da nossa empresa", acrescenta a nota.
A empresa também informou que os produtos para exportação são vendidos exclusivamente por distribuidores autorizados e que seu programa de exportação é baseado nas regulamentações comerciais e de segurança do Japão.