Setor militar

Holanda realiza conferência para regulamentar IA no exército

O objetivo é discutir tal qual foi feito com armas químicas e nucleares

Uso de IA no setor militar é discutido em conferência na Holanda Uso de IA no setor militar é discutido em conferência na Holanda  - Foto: Anatolii Stepanov/AFP

A primeira conferência internacional sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) no campo militar, como já acontece na Ucrânia, começou nesta quarta-feira (15), na Holanda, para regulamentar o poder "destrutivo" de drones e robôs.

O objetivo da conferência é dar um primeiro passo para a regulamentação de seu uso no exército, à semelhança dos acordos internacionais sobre armas químicas e nucleares. Ministros e diplomatas de alto nível participam desta cúpula, denominada REAIM (a IA no setor militar), juntamente com empresas e especialistas.

"A IA muda a nossa forma de viver, de trabalhar e está claramente mudando o exército", disse o ministro das Relações Exteriores holandês, Wopke Hoekstra, na abertura da conferência, que reúne cerca de cinquenta países em Haia, incluindo Estados Unidos e China.

A Rússia não foi convidada devido à invasão da Ucrânia.

"Imagine um míssil atingindo um prédio residencial. Em uma fração de segundo, a IA pode detectar seu impacto e indicar onde os sobreviventes podem estar", disse Hoekstra.

"Ainda mais impressionante, a IA pode interceptar o míssil e também tem o potencial de destruí-lo em segundos. Isso é preocupante", acrescentou.

Militarmente, a Inteligência Artificial já é usada para reconhecimento, vigilância e análise de situações. No futuro, poderá escolher alvos de forma autônoma, com enxames de drones e uso em sistemas de comando e controle nuclear.

"Infelizmente, na Ucrânia já estamos testemunhando a influência de novas tecnologias, em particular drones e ataques cibernéticos", enfatizou Hoekstra.

A China é convidada para a conferência como um ator importante no setor de tecnologia e Inteligência Artificial, de acordo com autoridades holandesas.

Veja também

BNDES deve liberar R$ 400 mi para apoio aos corpos de bombeiros da Amazônia Legal
Amazônia Legal

BNDES deve liberar R$ 400 mi para apoio aos corpos de bombeiros da Amazônia Legal

Dez cidades do Norte e Centro-Oeste respondem por 20% das queimadas
Queimadas

Dez cidades do Norte e Centro-Oeste respondem por 20% das queimadas

Newsletter