Rio de Janeiro

Homem confessa ter matado ex-companheira, que foi enterrada viva no quintal da casa

O corpo de Letícia Barbosa Leite da Silva foi encontrado no imóvel de Rafael Pereira Gomes da Silva, preso por feminicídio. Caso aconteceu em Duque de Caxias, na Baiada Fluminense

Corpo de Letícia Barbosa Leite da Silva, de 29 anos, foi encontrado no quintal da casa do ex-companheiro Corpo de Letícia Barbosa Leite da Silva, de 29 anos, foi encontrado no quintal da casa do ex-companheiro  - Foto: Reprodução

O ex-companheiro de Letícia Barbosa Leite da Silva, de 29 anos, que foi encontrada morta e enterrada no quintal da casa onde o homem morava, foi preso ao confessar o crime durante o depoimento ao comparecer, de forma espontânea, à polícia. Identificado como Rafael Pereira Gomes da Silva, ele foi até a sede da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), na última quarta-feira, onde, segundo a corporação, apresentou versões inverídicas sobre o crime, mas acabou admitindo. De acordo com as investigações, Leticia ainda estava viva quando foi enterrada. O corpo foi encontrado por parentes que faziam buscas por ela, após seu desaparecimento, e estava escondido sob o alicerce da casa, debaixo de três camadas de cimento, onde Rafael mora em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Segundo a polícia, em depoimento, o preso disse que estava escondido há dias, mas acompanhava por meio de redes sociais e da imprensa que os agentes tentavam encontrá-lo. A investigação buscava informações sobre o paradeiro de Rafael, uma vez que era o principal suspeito. Ele teria afirmado que preferiu comparecer à especializada para apresentar sua versão dos fatos. Rafael é acusado de feminicídio e teve prisão temporária de 30 dias decretada.

Crime em casa
Rafael contou, segundo a polícia, diversas versões inverídicas sobre o crime. Durante o depoimento, foi contradito pelos agentes e acabou confessando. O acusado contou que os dois tiveram relações sexuais, e, em seguida, a ex-companheira disse que levaria o filho de 2 anos que morava ele embora, pois iria morar com uma outra pessoa, longe do local. Segundo Rafael, neste momento ele teria se descontrolado e enforcado a vítima com um golpe mata-leão, em que é feito o estrangulamento, até a morte. Em seguida, enterrou o corpo.

Os fatos narrados, no entanto, foram contraditos pela investigação. Foi identificado que Leticia ainda estava viva quando foi enterrada, tendo como causa da morte asfixia por constrição do pescoço e por soterramento.

Família fazia as buscas
Leticia era procurada por amigos e parentes desde o último dia 16. Ela foi vista nesta data pela última vez quando saiu de casa para trabalhar. Ela não chegou ao serviço e rapidamente foi iniciada uma campanha nas redes sociais para tentar encontrá-la. A família então teria começado a desconfiar de Rafael porque ele não estaria participando das buscas por informações.

Na última sexta-feira, dia 26, amigos e parentes decidiram ir até a casa do ex-companheiro de Letícia, na comunidade do Barro Vermelho, em Gramacho. Como o imóvel estava vazio, um grupo pulou um muro para procurá-la.

De acordo com a família, o corpo estava escondido sob o alicerce da casa, debaixo de três camadas de cimento, com uma camada ainda fresca de concreto. Havia sinais de espancamento, relataram parentes que o acharam.

Segundo a família, Leticia passou a ser ameaçada de morte por Rafael quando ele soube que a ex-companheira estava em um novo relacionamento amoroso.

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