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Homem contrai 'bactéria comedora de carne' ao fazer caminhada na areia da praia

Morador da Carolina do Sul, nos EUA, tropeçou em conchas e foi infectado com microrganismo perigoso

Brent Norman, paciente infectado com bactéria de climas quentesBrent Norman, paciente infectado com bactéria de climas quentes - Foto: Reprodução

Um morador da cidade costeira de Charleston, na Carolina do Sul (EUA), foi infectado no pé por uma bactéria “comedora de carne” potencialmente fatal ao andar sobre conchas na praia.

Brent Norman mantém o hábito de fazer longas caminhadas na areia para bater sua meta de 15 mil passos por dia. Na semana passada, tropeçou e pisou em conchas e se machucou.

O incômodo no pé foi ficando progressivamente mais dolorido, até chegar à dor extrema, “como se um prego tivesse sido cravado na carne”, descreveu o paciente. Após semanas com desconforto e inchaço na região, Norman não conseguia mais andar.

Com muita dor e uma bolha inchada na região do calcanhar, ele procurou um pronto-socorro.

“Todo mundo na sala de espera ficou com os olhos esbugalhados, o dobro do tamanho. Dava para perceber que as pessoas estavam desconfortáveis de ficar sentadas perto de mim olhando aquilo”, contou ao canal WCIV.

O diagnóstico foi de infecção pela bactéria Vibrio vulnificus, um microrganismo que prolifera em temperaturas quentes. Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos EUA, a contaminação dobrou na região da Costa Leste do país em relação a 2022 por conta do aquecimento global.

A infecção pode provocar fasciíte necrosante, uma destruição progressiva dos tecidos em torno dos tecidos. A partir da necrose, o quadro pode evoluir para sepse, uma inflamação generalizada que pode ser fatal. De acordo com o CDC, das 12 cepas de microrganismo da espécie vibrio, apenas uma é particularmente preocupante em razão de sua ação comedora de pele.

A maioria das infecções não ocorre em episódios como o de Norman, mas ao consumir frutos do mar crus ou pouco cozidos. A entidade estima que a bactéria cause 80 mil quadros infecciosos e cem óbitos nos Estados Unidos por ano.

Depois do atendimento médico, Norman passa bem.

“O médico perfurou a bolha, retirou fragmentos alojados ali. Depois me deu uma injeção de antibiótico e comprimidos que estou tomando há duas semanas”, contou.

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