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Homem é condenado a 15 anos de prisão em Hong Kong por morder orelha de ativista

Juíza do Tribunal Supremo chinês considerou ato "muito bárbaro"

Foto: Dale De La Rey / AFP

Um homem de Hong Kong foi condenado, nesta terça-feira (19), a quase 15 anos de prisão por ter mordido a orelha de um ativista pró-democracia, e atacado outros três durante as multitudinárias manifestações de 2019 nesta cidade. 

Trata-se da mais longa pena de prisão já decretada até agora pelos eventos ocorridos durante essa onda de protestos neste território semiautônomo chinês.

A juíza do Tribunal Supremo Judianna Barnes declarou, hoje, que arrancar parte da orelha de um ativista, como Joe Chen fez, foi um ato "muito bárbaro" que desafiava qualquer compreensão. 

Em dezembro passado, um júri considerou Joe Chen culpado de três acusações, incluindo lesão corporal dolosa, um crime que pode levar a umata uma sentença de prisão perpétua.

Antes de cometer a agressão, ocorrida em novembro de 2019, o homem de 52 anos havia cantado o hino nacional chinês e gritado "Vamos recuperar Taiwan!". 

Chen atacou um homem e duas mulheres a facadas, quando os três perguntaram a ele o motivo de ter gritado esta frase. Em seguida, arrancou parte da orelha esquerda de Andrew Chiu, um ativista pró-democracia, então conselheiro distrital, que tentou intervir. 

Os advogados da defesa tentaram argumentar que seu cliente, desempregado, havia consumido álcool e tinha problemas crônicos de saúde mental.

A vítima, Andrew Chiu, está entre as dezenas de ativistas pró-democracia presos e à espera de julgamento, após a adoção de uma draconiana lei de segurança imposta pelo governo central chinês para sufocar a dissidência em Hong Kong.

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