Homem é condenado a 50 anos de prisão por morte de PM no Rio de Janeiro
Thiago Felipe de Oliveira também foi acusado por tentativa de assassinato quintuplamente qualificado, lesão corporal culposa e corrupção de menores
O Tribunal do Júri de Volta Redonda, no Sul Fluminense, condenou Thiago Felipe de Oliveira a 50 anos e 10 meses de prisão por homicídio e tentativa de homicídio quintuplamente qualificados, lesão corporal culposa e corrupção de menores. O homem é acusado de matar um policial militar da região. A decisão da Justiça atendeu a um pedido da 2ª Promotoria de Justiça Criminal do Ministério Público do Rio (MPRJ).
O caso aconteceu em 2019. Segundo o MPRJ, Oliveira atuava como segurança do tráfico de drogas instalado em um condomínio do "Minha Casa, Minha Vida" no bairro Roma, em Volta Redonda. Os agentes da PM Carlos Eduardo Vieira Machado e Antônio Carlos Rodrigues dos Santos faziam uma ronda no local, quando foram surpreendidos por tiros efetuados pelo acusado e por um outro comparsa.
Na ação, Machado foi atingido na cabeça e acabou morrendo depois de ter sido atendido por médicos. Já Rodrigues teve ferimentos nos braços e nas mãos. Em meio ao fogo cruzado, uma criança de 5 anos que morava na região foi atingida na barriga.
Leia também
• Com fotos íntimas, homem é preso em flagrante por extorquir duas irmãs na internet; mulheres perderam R$ 110 mil
• Adolescente se pendura em ônibus, cai e tem fratura exposta na perna em Jaboatão
• Corpo de paraibano é encontrado dentro de geladeira lacrada com concreto em Pernambuco
Os dois agentes atuavam no Grupo de Apoio aos Promotores (GAP/MPRJ). De acordo com a denúncia, os policiais foram identificados logo na entrada por olheiros do tráfico como pessoas estranhas no local, que informaram a Felipe de Oliveira e seu comparsa.
Para o promotor de Justiça que fez a sustentação da condenação, Bruno Rinaldi Botelho, a decisão da prisão, seguindo a recomendação do MPRJ, representa uma resposta do sistema de Justiça ao crime organizado.
“Crimes bárbaros como este não podem ficar e não ficarão impunes. Não se pode apagar o que foi feito, mas ao menos as famílias das vítimas podem ter o conforto de que houve uma resposta para fatos tão graves e assustadores”, escreveu o promotor.