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RECIFE

Homem preso por assaltar carro no viaduto Capitão Temudo já tinha roubado outra mulher, em novembro

Suspeito tem passagem pelo sistema prisional e pelo menos seis inquéritos em andamento

Homem foi preso nesta sexta-feira (5)Homem foi preso nesta sexta-feira (5) - Foto: Reprodução

O homem acusado de roubar uma mulher, de 54 anos, que dirigia um carro, no viaduto Capitão Temudo, bairro da Joana Bezerra, região central do Recife, no dia 19 de dezembro, foi identificado pela polícia como Bruno Henrique da Silva, de 27 anos. Na época, as imagens do assalto viralizaram na internet.

Ele foi preso, na manhã desta sexta-feira (5), na Avenida Sul, nas proximidades comunidade da Linha, e conduzido à Central de Plantões da Capital (Cenplanc), no bairro de Campo Grande, Zona Norte da capital.

A Polícia Civil de Pernambuco deu detalhes sobre o caso, durante entrevista coletiva de imprensa, na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS).

De acordo com as informações, Bruno tem passagem pelo sistema prisional e possui seis inquéritos em andamentos por crimes de roubo, receptação e tráfico de drogas, todos cometidos no ano passado.

O mandado que resultou na prisão de Bruno é fruto da investigação de um outro roubo praticado por ele, no dia 27 de novembro, na esquina das ruas 48 e do Espinheiro, no bairro homônimo, na Zona Norte do Recife. Segundo o delegado Mário Melo, titular da Delegacia de Água Fria, o indivíduo usava o mesmo modus operandi e também tinha um comparsa.

"A Delegacia do Espinheiro passou a diligenciar, porque a ação também foi filmada por uma câmera de um prédio. Daí, identificamos um vulgo e uma foto. Não tínhamos a qualificação da pessoa. No dia 14 de dezembro, nós entramos em contato com o Instituto de Identificação Tavares Buril [IITB] para, através do sistema de reconhecimento facial, tentar identificá-lo. Após a ação do viaduto Capitão Temudo, identificamos o nosso investigado. Juntando com a investida do dia 27 de novembro, a gente concluiu o inquérito policial e solicitou o mandado de prisão", explicou.

A polícia contou que o suspeito não confessou o crime ocorrido no Viaduto Capitão Temudo. Segundo a corporação, ele usou um simulacro de arma de fogo para cometer o assalto e estava acompanhado de um outro homem. Da vítima, ele teria levado um celular e duas alianças, causando um prejuízo de quase R$ 15 mil.

O sistema de reconhecimento facial trabalha com vídeos cedidos pela autoridade policial. Daí em diante, essas imagens são transformadas em fotografias que viabilizam o reconhecimento do indivíduo, por meio de biometria facial.

"A gente pega esse vídeo e joga dentro do sistema de identificação biométrica, chamado de Abes, que traz candidatos com seus scores. Esse homem [o suspeito] tinha a pontuação muito alta. Foi feito um laudo prosopográfico, que são as medições do rosto, e foi constatado que se tratava da mesma pessoa. O documento foi encaminhado para a autoridade policial. Para termos 100% de certeza que se tratava da mesma pessoa, foi feito o teste com a impressão digital e o resultado foi esse", explicou a perita papiloscopista do IITB Ivoneide Constantino,

O oficial de operações da Polícia Militar de Pernambuco tenente Hugo Carvalho, do 16º batalhão, explica que a corporação estava realizando rondas ostensivas para capturar o criminoso, pela Avenida Sul, quando identificou a semelhança visual, mesmo ele estando com o cabelo descolorido.

"Os policiais realizaram a abordagem. Não foi encontrado nada com o indivíduo, mas a polícia tinha ciência do mandado de prisão aberto contra ele. O homem foi conduzido e encaminhado à Cenplanc para que fossem adotadas as medidas cabíveis", pontuou.

Ainda de acordo com o delegado Mário Melo, o segundo suspeito do assalto no viaduto Capitão Temudo foi identificado pela polícia, mas que não divulgou outros detalhes para não atrapalhar o andamento das investigações. O delegado pontuou que o bairro do Espinheiro sofre com a grande quantidade de assaltos.

"Observamos, ao final do ano passado, que esses ladrões estão usando o mesmo modus operandi, de se passarem por vendedores ambulantes, porque acham que não vão ser abordados pela polícia e, na primeira oportunidade, fazem a investida. A lentidão do trânsito também influencia muito nessas abordagens", concluiu.

Bruno Henrique da Silva ainda está na Cenplanc aguardando a audiência de custódia, que deverá acontecer nos plantões do Tfi

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