Homem que ameaçou consulado do Irã é condenado em Paris
O homem de origem iraniana foi acusado de "ameaças de morte" e "violência premeditada", por ter entrado na seção consular da embaixada do Irã com explosivos falsos
Um homem de origem iraniana que entrou na última sexta-feira (19) no consulado do seu país em Paris com material explosivo falso para "se vingar" do governo do Irã foi condenado nesta segunda-feira (22) a 10 meses de prisão com direito a sursis.
O homem, 61, vive há anos na França e também foi condenado a tratamento obrigatório, proibição de porte de armas e proibição de comparecer ao consulado e ao distrito de Paris onde a missão se encontra.
O homem explicou no tribunal que não queria ameaçar ninguém, apenas se "vingar" das autoridades iranianas, que chamou de terroristas.
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"Na véspera do ocorrido, fui informado de que meu primo havia sido enforcado no Irã e que minha irmã havia sido presa", disse Nicolas K., que vive no subúrbio de Paris e costuma participar na capital francesa de manifestações de opositores do governo iraniano.
O homem foi acusado de "ameaças de morte" e "violência premeditada", por ter entrado na seção consular da embaixada do Irã com explosivos falsos. Testemunhas disseram no tribunal que Nicolas K. repetia: "Quero morrer, estou farto."
A intervenção de negociadores da polícia permitiu a prisão de Nicolas. Sua advogada, Louise Hennon pediu a sua absolvição e argumentou que uma condenação representaria "uma interferência desproporcional na liberdade de expressão" do seu cliente.
O representante da promotoria, no entanto, pedia um ano de prisão, por considerar que os fatos não representavam "um ato de resistência política", e sim "violações do direito comum".