Logo Folha de Pernambuco

Recuperação

Homem que "morreu" por sete minutos faz pinturas sobre o que diz lembrar do 'pós-vida'; veja imagens

Ator encontrou na arte uma forma terapêutica de contar pelo que passou

ShivShiv - Foto: reprodução

Após sofrer uma parada cardíaca, o ator Shivinder Grewal, de 65 anos, morador de Londres, na Inglaterra, começou a pintar telas com imagens do que ele chama de “vida após a morte”. As obras até mesmo já receberam exposição.

Ao voltar de um jantar com Alison, sua mulher, o artista começou a se sentir cansado e com dificuldades para falar o que estava sentindo. O coração do artista, até então saudável, subitamente parou de bater logo em seguida a ele ter se deitado, chegou em casa.

Depois da ambulância ser chamada e chegar à residência do casal, os paramédicos calcularam que Shiv ficou tecnicamente morto por sete minutos. Durante esse tempo a equipe lutava para reanimá-lo, utilizando massagem cardíaca.

— Eu sabia, de alguma forma, que estava morto. Eu sabia que meu cérebro estava morrendo e clamando por ajuda. Mas, ao mesmo tempo, senti as coisas completamente separadas do meu corpo. Era como se eu estivesse em um vazio, mas pudesse sentir emoções e sensações — relata em entrevista ao jornal britânico The Mirror.

Segundo ele, sua consciência sabia sobre sua morte, mas insistia em voltar para o seu lar e sua esposa. Shiv acrescenta que entendeu estar prestes a reencarnar, mas ainda não queria isso. Seu desejo naquele momento era de voltar à vida e ao mundo material. Ao que ele afirma ter sido atendido.

— Eu não tinha corpo. Suponho que foi como nadar na água, você se sente leve e desconectado do mundo físico. A certa altura, eu estava viajando pela lua e pude ver meteoritos e todo o espaço — conta o ator.

Ele foi levado para realizar uma cirurgia no Kings College Hospital, em Londres, para colocar um stent (tubo utilizados para restaurarem o fluxo sanguíneo normal na artéria coronária) em sua artéria principal totalmente obstruída.

Shiv entrou em coma induzido por um mês, causado pela hipóxia cerebral (falta de oxigênio no cérebro) que o deixou com epilepsia. Cinco anos depois do acidente, que aconteceu em 9 de fevereiro de 2013, ele ainda não consegue voltar aos palcos, pois sofre com problemas na sua fala e mobilidade.

A arte foi a maneira terapêutica de retratar seu trauma e conseguir dar continuidade no seu processo recuperação.

— Sou grato por estar aqui. Meu impulso pela vida foi impulsionado. Sempre pensei que a gentileza é essencial para que os humanos evoluam e se tornem melhores, mas depois dessa experiência, agora sinto isso muito profundamente dentro de mim - como uma verdade fundamental. Produzir o trabalho apresentado na minha exposição fez parte da minha recuperação, mas também vai além disso. Tentei capturar o que uma pessoa experimenta quando cruza o limiar do não-vivo e, esperançosamente, transmitir isso para outros — afirma.

Veja também

Festival das Juventudes do Recife: sétima edição tem programação neste sábado (23), na Rua da Moeda
Cultura

Festival das Juventudes do Recife: sétima edição tem programação neste sábado (23), na Rua da Moeda

Mulheres mais baixa e mais alta do mundo se encontram pela primeira vez; saiba quem são
Encontro

Mulheres mais baixa e mais alta do mundo se encontram pela primeira vez; saiba quem são

Newsletter