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MARANHÃO

Suspeito gastou R$ 4 mil em corrida de aplicativo para sequestrar menina de 12 anos; relembre o caso

Os dois se conheceram pelo TikTok

A vítima desapareceu no último dia 6 de março e foi localizada nessa terça-feira (14)A vítima desapareceu no último dia 6 de março e foi localizada nessa terça-feira (14) - Foto: Reprodução/TV Globo

O homem de 25 anos suspeito de manter em cárcere privado uma menina de 12 anos, gastou R$ 4 mil em uma corrida de aplicativo para seguir com a vítima da cidade do Rio, até São Luís, no Maranhão.

A vítima desapareceu no último dia 6 de março e foi localizada nessa terça-feira (14). O suspeito é o açougueiro Eduardo da Silva Noronha. Os dois se conheceram pelo TikTok.
 
De acordo com a polícia, o homem viajou para o Rio de avião e pegou a garota na porta da escola, no bairro de Sepetiba, na Zona Oeste da capital. Após o sequestro, o suspeito pegou um carro de aplicativo para voltar a São Luís e pagou R$ 4 mil pela corrida de cerca de 3,1 mil quilômetros.

Na cidade, o homem levou a menina para um quitinete, no bairro Divinéia, onde mantinha ela em cárcere privado. De acordo com o delegado Marcone Matos, o chefe do Departamento de Proteção à Pessoa (DPP), quando saía para trabalhar, o suspeito trancava a porta e levava a chave.

Família fez campanha
Durante o período em que a menina ficou desaparecida, parentes fizeram uma campanha em busca de notícias sobre ela. 

Ao Globo, o pai da menina disse que desconfiava que ela podia ter ido ao Nordeste. Ele contou que, no ano passado, flagrou a filha em conversa pela rede social TikTok com um rapaz que seria do Maranhão.

"Soube que ela dizia para amigas que o rapaz seria namorado dela. Diziam que se chamava Eduardo e tinha cerca de 16 anos. Quando soube disso, deixei minha filha quatro meses sem celular", afirmou o pai da menina.

Prisão
De acordo com o delegado Marcone Matos, o chefe do Departamento de Proteção à Pessoa (DPP) do Maranhão, Eduardo deixou o próprio celular com a menina e ficou com o dela. Os dois aparelhos foram espelhados para que ele conseguisse saber o que ela acessava.

Segundo a delegada Elen Souto, titular da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da cidade do Rio, na única oportunidade em que foi à rua com Eduardo, para comprar roupas em uma loja, o celular da vítima acessou o Wi-fi do estabelecimento. Foi quando a garota enviou uma mensagem para a irmã pedindo socorro e informando que estava sendo mantida em cárcere pelo homem.

"Com essas informações, passamos a realizar buscas com as características dadas pela vítima nesse pedido de socorro enviado para sua irmã. Começamos a efetuar buscas nos arredores desse estabelecimento comercial", explicou a delegada.

Por volta das 17h dessa terça-feira (14), equipes chegaram ao local e foram batendo de porta em porta. Após ser reconhecida por foto por moradores, os agentes chegaram até o quitinete onde a menina estava. 

Muito assustada, a vítima demorou até se convencer de que os policiais queriam ajudá-la e abriu uma janela. "Ela estava bastante nervosa, já que, como conversaram por dois anos, tinha confiança nele. Nós a acalmamos", contou o delegado Marcone Matos. 

Depois de resgatar a vítima, os policiais esperaram pelo suspeito. Ele chegou ao edifício por volta das 19h e foi preso por sequestro e cárcere privado. 

A menina foi ouvida por uma psicóloga e foi encaminhada para a Casa da Mulher Brasileira, um centro de referência no atendimento a mulheres em situação de violência em São Luís. O pai da vítima embarcou para o Maranhão para buscá-la. Os dois devem chegar ao Rio nesta quinta-feira (16).

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