EXTRADIÇÃO

Honduras extradita para os EUA ex-funcionário acusado de lavagem de dinheiro

Segundo a acusação, o ex-funcionário, de 65 anos, recebia subornos milionários para atribuir contratos de compras de uniformes para a Polícia Nacional

Membros das Forças Especiais da Polícia Nacional escoltam Francisco Roberto Cosenza (C), acusado de lavagem de dinheiroMembros das Forças Especiais da Polícia Nacional escoltam Francisco Roberto Cosenza (C), acusado de lavagem de dinheiro - Foto: Polícia de Honduras/AFP

Honduras extraditou nesta quinta-feira (4) para os Estados Unidos um ex-funcionário de confiança do ex-presidente condenado Juan Orlando Hernández, Francisco Cosenza, acusado de lavagem de dinheiro com subornos e fundos públicos para operações de segurança, informou um chefe de polícia.

Ex-diretor do Comitê de Administração do Fundo de Proteção e Segurança Popular (Tasa), Cosenza é acusado nos Estados Unidos de "conspiração para cometer lavagem de dinheiro e transações derivadas de atos criminosos.

O ex-funcionário, de 65 anos, foi transferido sob forte vigilância da sede das Forças Especiais em Tegucigalpa, onde estava detido desde 8 de janeiro, para o aeroporto de Palmerola, cerca de 50 km ao norte da capital, para ser embarcado em um avião para a Flórida, sudeste dos EUA.

Em Palmerola, Cosenza foi recebido "por autoridades dos Estados Unidos" que o levarão sob custódia para esse país a fim de ser colocado à disposição do Tribunal do Distrito Sul da Flórida, indicou a polícia.

Segundo a acusação, entre 2015 e 2019, o então diretor do Tasa recebeu subornos milionários para atribuir contratos de compras de uniformes e outros bens para a Polícia Nacional, gerenciados em contas bancárias nos Estados Unidos. Jornais hondurenhos afirmam que ele recebeu cerca de 10 milhões de dólares.

A taxa de segurança foi um imposto criado durante o governo de Hernández (2014-2022), destinado a obter recursos para combater a criminalidade. Esses fundos foram gastos em completo sigilo.

Cosenza se junta à lista de 41 hondurenhos extraditados para os Estados Unidos desde 2014, mas é o primeiro por lavagem de dinheiro; os demais enfrentavam acusações relacionadas ao narcotráfico, incluindo o ex-presidente Hernández.

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