Honduras extradita três acusados de tráfico de fentanil para os EUA
Eles estavam detidos desde 14 de janeiro na Penitenciária Nacional, nos arredores de Tegucigalpa
Honduras extraditou, nesta quinta-feira (22), para os Estados Unidos três acusados de distribuir fentanil e outras drogas neste país, informou a Polícia hondurenha.
Os três hondurenhos foram transferidos em meio a uma operação de segurança para o aeroporto de Palmerola, cerca de 50 quilômetros ao norte da capital, de onde partiram "em um avião privado dos Estados Unidos", disse à AFP o porta-voz da Polícia Nacional, Edgardo Barahona.
"A entrega de Mayer Benegas Medina, Jorge Alberto Viera e Elmer Bonilla Matute à base Enrique Soto Cano em Palmerola já foi coordenada", acrescentou o porta-voz.
Eles estavam detidos desde 14 de janeiro na Penitenciária Nacional, nos arredores de Tegucigalpa.
"Esses indivíduos participaram da venda de fentanil" e "esta é a primeira vez que há colaboração entre os Estados Unidos e Honduras na busca de pessoas vinculadas ao tráfico de fentanil", segundo um comunicado da Polícia de Honduras.
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Os três hondurenhos enfrentam acusações no Tribunal Distrital do Norte da Califórnia, segundo fontes do Poder Judiciário.
O fentanil é produzido legalmente por laboratórios e usado na medicina como analgésico, mas também é usado como medicamento.
Várias vezes mais potente que a heroína, este opioide sintético causou uma epidemia de dependência nos Estados Unidos, com mais de 70.000 mortes anuais por overdose, tornando-se a principal causa de morte entre pessoas com idades entre os 18 e os 49 anos, segundo as autoridades americanas.
A Colômbia, principal produtor mundial de cocaína, também é acusada pelos Estados Unidos de fazer parte da cadeia de tráfico de fentanil para o mercado americano.
Devido à sua localização geográfica, Honduras é considerada uma ponte para o tráfico de drogas entre os países produtores da América do Sul e o mercado dos Estados Unidos.
O ex-presidente direitista hondurenho Juan Orlando Hernández (2014-2022) está sendo julgado em Nova York desde terça-feira, acusado de "conspirar" para enviar mais de 500 toneladas de cocaína para os Estados Unidos entre 2004 e 2022.