Hong Kong proíbe canabidiol no mesmo nível que cocaína e heroína
O CBD junta-se, assim, à lista de mais de 200 substâncias "perigosas" proibidas em Hong Kong
Uma lei em Hong Kong que penaliza a posse, consumo e venda de canabidiol (CBD) entrou em vigor nesta quarta-feira (1º), colocando esta substância no mesmo nível de legalidade da heroína e da cocaína.
O CBD, uma molécula de cannabis sem efeito psicotrópico, é usado por seu impacto na redução da dor, estresse, ansiedade e por suas propriedades anti-inflamatórias, de acordo com seus usuários.
Leia também
• Irã mantém bloqueio de WhatsApp e Instagram
• Ucrânia anuncia cúpula com UE como "sinal forte" para Rússia
• Tarcísio se distancia do bolsonarismo e dá aval a medicamentos à base de cannabis no SUS
As autoridades de Hong Kong, no entanto, consideram que esses efeitos não são baseados em "evidências científicas sólidas" e justificam sua proibição alegando que os produtos à base de CBD podem ser transformados em tetrahidrocanabinol (THC, uma molécula psicoativa da planta cannabis), substância que não está mais autorizada no território.
O CBD junta-se, assim, à lista de mais de 200 substâncias "perigosas" proibidas em Hong Kong.
A partir de agora, sua importação, exportação e produção podem acarretar penas de até prisão perpétua e multas que podem chegar a cinco milhões de dólares de Hong Kong (US$ 640 mil).
Possuir ou consumir CBD pode levar a uma pena de até sete anos de prisão e multa de um milhão de dólares de Hong Kong (US$ 127 mil).
Os produtos que contêm canabidiol cresceram em popularidade em todo o mundo nos últimos anos: doces, café, cerveja e até cosméticos chegaram ao mercado, em uma indústria que totalizará US$ 47 bilhões até 2028, contra US$ 4,9 bilhões em 2021.