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ATAQUES

Hospital do norte de Gaza relata vários bombardeios israelenses nas últimas horas

A cidade de Beit Lahia é cenário de uma intensa operação militar israelense nos últimos dois meses, situação que se intensificou nos últimos dias e obrigou milhares de pessoas a fugir sob os bombardeios, segundo a Defesa Civil

Uma vítima é tratada dentro do hospital Kamal Adwan em Beit Lahia, no norte da Faixa de GazaUma vítima é tratada dentro do hospital Kamal Adwan em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza - Foto: Divulgação/AFP

O diretor do hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, e a agência de Defesa Civil do território, informaram que Israel efetuou vários ataques nesta sexta-feira (6) que atingiram o centro médico, um dos últimos ainda em funcionamento na região.

"Houve uma série de ataques aéreos nos lados norte e oeste do hospital, acompanhados de tiros intensos e diretos", afirmou Hossam Abu Safieh. Segundo o diretor do centro médico, quatro funcionários morreram e não há mais cirurgiões no local.

O Exército de Israel ainda não respondeu aos pedidos de comentários da AFP sobre os ataques.

Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, informou que o Exército israelense entrou no hospital Kamal Adwan, retirou os pacientes e prendeu vários palestinos.

A cidade de Beit Lahia é cenário de uma intensa operação militar israelense nos últimos dois meses, situação que se intensificou nos últimos dias e obrigou milhares de pessoas a fugir sob os bombardeios, segundo a Defesa Civil.

O Exército israelense invadiu o hospital Kamal Adwan diversas vezes desde o início da guerra, há quase 14 meses. O hospital informou que o diretor do CTI, Ahmad al Kahlut, morreu em um ataque aéreo no final do mês passado.

A operação mais recente em Kamal Adwan ocorre poucos dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatar que uma equipe médica de emergência conseguiu entrar no hospital pela primeira vez em 60 dias.

Desde o início da operação israelense no norte de Gaza, no início de outubro, o hospital praticamente não recebeu nenhuma ajuda e a maioria dos suprimentos, incluindo combustível, chegou ao fim.

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