Ian se enfraquece no sudeste dos EUA após deixar ao menos 23 mortos
A busca continua pelos 17 passageiros em um barco de imigrantes que virou na quarta (28), perto de Florida Keys
O estado da Flórida está revisando o número de mortos do furacão Ian neste sábado (1º), que deve se dissipar durante a noite depois de causar inundações na Carolina do Sul.
As autoridades confirmaram à AFP, na manhã deste sábado (1º), um saldo provisório de 23 mortos, a maioria idosos e afogados. Alguns veículos de comunicação dos EUA, como a rede CNN, relatam 45 mortes.
Enquanto isso, a busca continua pelos 17 passageiros em um barco de imigrantes que virou na quarta-feira (28), perto de Florida Keys.
Após causar estragos na Flórida, o furacão se dirigiu até a Carolina do Sul, com ventos de até 140 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC). Depois perdeu força até se transformar em tempestade tropical.
Na manhã deste sábado, seus ventos caíram para cerca de 35 km/h em sua passagem pela Carolina do Norte, informou o NHC em seu último boletim.
Ian "deve se dissipar sobre o centro-sul de Virgínia" no sábado à noite, estima o centro, embora permaneça o risco de chuvas e inundações "moderadas" no centro dos Apalaches e no nordeste dos Estados Unidos.
O presidente americano Joe Biden pediu aos cidadãos que não ignorem os alertas das autoridades locais, como na Carolina do Sul, onde pediram para não circular por estradas alagadas.
"É uma tempestade perigosa que trará ventos fortes e muita água, mas o mais perigoso será o erro humano. Sejam inteligentes, tomem boas decisões, verifiquem como estão seus amigos e familiares e se mantenham a salvo", tuitou o governador Henry McMaster.
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Cerca de 575.000 famílias e empresas estavam sem energia elétrica na sexta-feira à noite na Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia, segundo o site especializado PowerOutage.
Danos "históricos" na Flórida
Na Flórida, além do alto número de vítimas humanas, os danos materiais são "históricos" devido às inundações sem precedentes, segundo o governador Ron DeSantis.
Na sexta-feira, em Kissimmee, não muito longe de Orlando, as autoridades percorriam as áreas inundadas de barco para resgatar os moradores presos em suas casas.
"Estamos apenas começando a ver a magnitude da destruição (...) que provavelmente está entre as piores" da história dos Estados Unidos, disse Biden.
"A reconstrução levará meses, anos", estimou.
Mais de 1,4 milhão de clientes da Flórida permaneciam sem energia elétrica na sexta-feira à noite, dois dias depois da passagem de Ian, segundo o PowerOutage.