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ExpoFavela

Idealizador do "ExpoFavela" deseja exportar seu modelo para França

ExpoFavela reuniu, em maio, 33 mil pessoas em São Paulo

Empresário e ativista social Celso AthaydeEmpresário e ativista social Celso Athayde - Foto: Divulgação

O empresário e ativista social Celso Athayde, idealizador da ExpoFavela, um ponto de encontro entre as grandes empresas e as periferias das cidades no Brasil, quer exportar o modelo para a França.

Esta edição da ExpoFavela reuniu, em maio, 33 mil pessoas em São Paulo, segundo este veterano ativista de 60 anos, que fundou a Central Única das Favelas (Cufa) há duas décadas.

"A ideia é conectar o business das grandes marcas, das grandes empresas, dos grandes CEO's de empresas e também dos pequenos comércios locais", explicou Athayde em entrevista à AFP.

A prefeitura de Paris confirmou nesta terça-feira os contatos com Athayde, que gostaria de organizar a feira em outubro de 2024.

Athayde sabia que protestar não era suficiente e que os 17 milhões de brasileiros que vivem nas favelas só queriam visibilidade e oportunidades para melhorar de vida.

Por isso, ele criou em 2015 a Favela Holding, que conta atualmente com 23 empresas. Em 2022, o Athayde foi nomeado empreendedor social do ano pelo Fórum Econômico Mundial de Davos.

O ativista se reuniu na semana passada com funcionários da prefeitura de Paris para levar a ideia adiante. Segundo ele, a ExpoFavela pode ser perfeitamente adaptada ao complexo cenário social das favelas das grandes cidades francesas.

"Independentemente se é em Paris, Nova Iorque, Espanha, África do Sul ou Brasil, a periferia existe. E a ideia é como é que a gente cria oportunidades de encontro entre essas pessoas?", questiona.

Ele acrescenta que, "apesar das marcas das empresas não terem a obrigação de resolver esse problema, elas têm a obrigação social de contribuir para diminuir essas diferenças sociais nesses ambientes".

“Não queremos fazer um evento na periferia, na favela. Queremos fazer nossos eventos, nossas vidas, nos espaços mais nobres da cidade”, defende Athayde.

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