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América Latina

IED cresceu 40,7% na América Latina em 2021, diz Cepal

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) continua abaixo dos níveis pré-pandemia

Conselho do CepalConselho do Cepal - Foto: Cepal/ONU

O Investimento Estrangeiro Direto (IED) na América Latina cresceu 40,7% em 2021 na comparação com 2020, totalizando US$ 142,794 bilhões, número abaixo dos níveis pré-pandemia – informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), nesta terça-feira (29).

“Essa fraca recuperação mostra o quão difícil está sendo para a região, em seu conjunto, reposicionar-se como um destino atraente para o estabelecimento de novas operações de empresas transnacionais, após o fim do ciclo de alta do preço das commodities e (das) elevadas taxas de crescimento”, explicou a Cepal em um relatório.

A região também perdeu participação como destino de investimentos mundiais, representando 9% do total, “um dos percentuais mais baixos dos últimos dez anos e distante dos 14% registrados em 2013 e 2014”.

"Em uma região com baixos níveis gerais de investimento, o investimento estrangeiro direto é fundamental para o desenho de uma política produtiva", declarou o secretário-executivo da Cepal, José Manuel Salazar-Xirinachs, citado no texto.

Brasil, com 33% do total, México (23%), Chile (11%), Colômbia (7%), Peru (5%) e Argentina (5%) foram os países que mais receberam IED em 2021. Esse é um tipo de investimento produtivo com impacto de longo prazo, pois permite a criação de empresas, ou busca fazê-las crescer.

Além do Brasil, que sempre teve alta incidência pelo tamanho de sua economia, os elevados crescimentos do IED no Chile (66%) e no Peru (919%), na América do Sul, e de Guatemala (273%) e Panamá (163%), na América Central, explicaram a maior parte da variação ano a ano, segundo a Cepal.

Por setores, os recursos naturais, com um aumento de 62%, e os serviços, com 39%, foram os mais dinâmicos, enquanto os principais investidores foram da União Europeia e dos Estados Unidos, representando 36% e 34% do total, respectivamente.

Enquanto isso, o número de fusões e de aquisições aumentou 33%, mas permanece “em um dos níveis mais baixos da década”.

“Em um contexto mundial, em que as fusões e as aquisições cresceram de forma muito significativa, na região, recuperaram-se apenas da queda que houve em 2020”, observou a Cepal.

O interesse das transnacionais em adquirir ativos na região tem-se concentrado nos setores de eletricidade, gás e água, telecomunicações e refino de petróleo, acrescentou o organismo técnico das Nações Unidas.

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