Escândalo

Igreja católica da Polônia recebe centenas de denúncias de abuso sexual

De julho de 2018 até o final de 2020, a Igreja polonesa recebeu denúncias de 368 casos de abusos sexuais, cometidos desde 1958

Igreja da PolôniaIgreja da Polônia - Foto: Wojtek Radwanski/AFP via Getty Images

A Igreja católica da Polônia revelou que desde 2018 recebeu mais de 350 novas denúncias relacionadas a supostos abusos sexuais contra menores cometidos por clérigos.
 
O relatório é divulgado em um momento complicado para a influente igreja polonesa, por uma série de escândalos de abusos e encobrimentos, um assunto tabu até pouco tempo neste devoto país.
 
"O que é surpreendente (...) é o fato de que houve uma onda de revelações desde o último relatório", disse Adam Zak, um padre jesuíta e coordenador da proteção à criança no bispado polonês.


"Com certeza, ainda há muitos casos escondidos que provavelmente continuarão sendo revelados", disse em uma apresentação online desses dados.
 
De julho de 2018 até o final de 2020, a Igreja polonesa recebeu denúncias de 368 casos de abusos sexuais, cometidos desde 1958 até o último ano. Metade das vítimas era de menores de 15 anos, a idade de consentimento na Polônia.
 
Além disso, 39% das acusações foram comprovadas, 51% ainda estão sob investigação e 10% foram rejeitadas por não serem credíveis, segundo a instituição.
 
Adam Zak afirmou que o número de casos recentes "não é nada pequeno".
 
Este relatório é a continuação de outro que notificou quase 400 casos de abusos de menores no clero da Polônia entre 1990 e 2018.
 
Em anos recentes, houve uma longa série de escândalos de abuso sexual no berço da Igreja polonesa, especialmente após a emissão de um documentário que viralizou em 2019 chamado "Não conte a ninguém".
 
O Vaticano sancionou, no último ano, quatro bispos poloneses e anunciou a demissão de outros dois por encobrirem casos de pedofilia. 
 
Também aceitou a renúncia de um arcebispo acusado de acusar outros padres e ignorar casos de abusos, e está investigando um influente auxiliar do papa polonês Juan Pablo II, o cardeal Stanislaw Dziwisz, por acusações semelhantes.

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