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Igreja ortodoxa denuncia restrições "autoritárias" de Israel na Páscoa

As restrições interferem na celebração do "fogo sagrado" em Jerusalém

Igreja ortodoxa denuncia restrições "autoritárias" de Israel na PáscoaIgreja ortodoxa denuncia restrições "autoritárias" de Israel na Páscoa - Foto: Jalaa Marey / AFP

A Igreja ortodoxa grega denunciou, nesta quarta-feira (12), as "restrições "autoritárias" e "excessivas" impostas pelas autoridades israelenses para a celebração de Páscoa do "fogo sagrado" em Jerusalém e convocou os cristãos a participarem dela.

Milhares de fiéis participam todos os anos, na véspera da Páscoa ortodoxa, da cerimônia do "fogo sagrado" na Basílica do Santo Sepulcro, construída segundo a tradição no local onde os cristãos guardam o episódio da crucificação de Jesus, de seu enterro e de sua ressurreição.

Está situada na Cidade Velha de Jerusalém, no setor palestino ocupado e anexado por Israel.

A polícia israelense anunciou restrições para esta cerimônia que deve ocorrer no sábado, restringindo o número de participantes dentro da igreja a apenas 1.800 pessoas.

O padre Mattheos Siopis denunciou hoje, à imprensa, as "restrições excessivas" que "limitarão o acesso dos cristãos à Igreja do Santo Sepulcro e à cerimônia do fogo sagrado".

Durante a cerimônia, momento mais importante do cristianismo oriental, os sacerdotes recebem milagrosamente, segundo eles, o fogo sagrado no interior da tumba de Jesus e depois transmitem-no, de círio em círio, aos fiéis reunidos na igreja e, então, no exterior.

Este rito milenar, símbolo de eternidade, paz e renovação, é celebrado por peregrinos, principalmente da Europa Oriental, mas também da comunidade ortodoxa palestina da Terra Santa.

Nesta quarta-feira, a polícia israelense alegou que suas restrições tem como objetivo garantir a segurança.

"Não é possível todo o mundo entrar na igreja por medidas de segurança", afirmou o chefe da polícia do distrito de Jerusalém, Yoram Segal.

Referindo-se a um tumulto que deixou mortos durante a peregrinação judaica de 2021 em Israel, Segal acrescentou que não quer que "essa grave experiência se repita".

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