Imigrantes deixam "prisão flutuante" no Reino Unido após descoberta de bactéria
Encontrada na água do navio, micróbio legionella pode causar infecção pulmonar e sintomas como febre, calafrios e dificuldade para respirar
Imigrantes irregulares que solicitaram asilo no navio Bibby Estocolmo, no Reino Unido, deixaram a embarcação após a descoberta da bactéria legionella na água da barca. Esse tipo de bactéria é conhecida por causar infecção pulmonar. Não foram registrados sintomas entre as pessoas que estavam no navio, porém, todos devem ser levados para novas acomodações como medida de segurança.
De acordo com o Ministério do Interior, 15 pessoas embarcaram no Bibby Estocolmo, mas a capacidade total da embarcação é de 506 pessoas. Anunciado como veículo de luxo e voltado apenas para moradia de homens, o navio foi criticado por organizações humanitárias pelas condições "de detenção com severas restrições à liberdade de movimento", com base nas normas divulgadas pelo porto de Portland.
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Entre as regras, estão a proibição da circulação dos migrantes pelo porto, sendo mantidos sempre nas dependências do Bibby Estocolmo ou em outro complexo adjacente à barca. Além disso, a localização da ilha, que dificultaria o acesso à outras comunidades e o baixo valor oferecido aos imigrantes também foram alvo de críticas.
Os imigrantes terão 9,10 libras esterlinas para gastar por dia (equivalente a R$ 55, na cotação atual). Com isso, "haverá muito pouco que eles possam fazer e poucos lugares onde possam ir, mesmo quando puderem sair do porto", dizem as organizações.
O governo britânico se posicionou e afirma que não se trata de uma prisão. Era esperado que os moradores permanecessem no barco por um período de três a seis meses.