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Saúde

Implantes hormonais conhecidos como 'chip da beleza' só devem ser usados com prescrição médica

É preciso que haja orientação e acompanhamento médico para a utilização desses implantes.

Implante hormonalImplante hormonal - Foto: Reprodução/Internet

Mais comum em mulheres que sofrem de cólicas fortes durante o período menstrual, endometriose ou enxaqueca, os implantes hormonais são uma alternativa para melhorar a qualidade de vida. No entanto, ao se popularizar, esses implantes passaram a ser chamados de forma equivocada de ‘chip da beleza’. É nesse ponto, então, que as pessoas devem ligar o sinal de alerta. 

A questão é que, além de reduzir as dores e patologias descritas acima, esses implantes promovem um efeito estético, como ganho de massa muscular, perda de gordura e diminuição de celulites. Porém, se mal indicados, podem causar acne, queda de cabelo e retenção de líquido.

“É justamente o oposto da ‘beleza’. Dessa forma, usar esse nome é equivocado, como o Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) já indicou”, explica o médico nutrólogo Diego Santos.

Ainda de acordo com ele, é preciso que haja orientação e acompanhamento médico para a utilização desses implantes. “Quando foram colocados esses implantes no corpo das mulheres para tratar das patologias, foi visto uma melhora estética em grande parte das mulheres. Por isso é apelidado de ‘chip da beleza’”, conta o médico.
 

Santos ainda ressalta que, além do gestrinona - hormônio usado para tratar da endometriose -, ainda é possível colocar nos implantes outros hormônios, como a testosterona.

“Mulheres que tomam anticoncepcional oral e estão com indisposição, com a libido lá embaixo, assim como homens que também chegam com queixa de libido muito baixa, são as pessoas que podem colocar esses implantes hormonais, para favorecer também a queima de gordura e massa muscular”, explica. 

Existem dois métodos para utilização do hormônio: absorvível, no qual o corpo humano absorve 100% do hormônio; ou um implante que é retirado após um ano. Mas o médico ressalta que, nesse último método, pode-se formar um tecido fibrótico em volta do implante.

Pouco mais de 10 minutos é o tempo que se leva para implantar o hormônio no corpo humano. “Basta uma anestesia local, na região do quadril ou flanco", detalha o médico, explicando que o efeito dura seis meses.

Caso o paciente queira continuar com o tratamento, precisará ir recolocando-o semestralmente. O custo para realizar a intervenção parte dos R$ 3.500.

Segundo Santos, não há restrição a respeito da idade, mas a indicação é acima dos 18 anos. 

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