Imprensa internacional repercute morte de imigrante congolês no Rio de Janeiro
O francês Le Figaro destacou a comoção gerada pelo assassinato de Kabagambe
A imprensa internacional repercutiu a morte do imigrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assssinado em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na noite do dia 24 de janeiro. Kabagambe trabalhava no local e havia pedido o pagamento das diárias atrasadas ao seu superior.
O jornal americano Washington Post afirmou que Kabagambe foi vítima de um "derramamento de sangue" ao ser "espancado até a morte". A publicação chamou a atenção para as possíveis relações do crime com questões raciais e um sentimento anti-imigrante.
"Mesmo em um país acostumado a espasmos aleatórios de extrema violência, a suposta selvageria do espancamento deixou muitos brasileiros chocados e sem respostas", escreveu o Washington Post.
O francês Le Figaro destacou a comoção gerada pelo assassinato de Kabagambe. A publicação ressaltou que a morte do imigrante "provocou indignação no Brasil" e listou as celebridades que homenagearam a vítima, entre elas, o cantor Caetano Veloso.
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Em Portugual, o jornal O Observador classificou o crime como "um assassinato brutal". A reportagem chamou a atenção para a campanha #JustiçaParaMoïse, que pede a punição dos envolvidos na morte do congolês.
O site do Congo L'Interview também noticiou o caso, com o título: "Brasil: um jovem congolês é espancado até a morte no oeste do Rio de Janeiro". Outro veículo de imprensa do país natal de Kabagambe, o site Electionnet, chamou atenção para o protesto da família do morto, que demanda explicações.