ATENDIMENTO

Inca relata déficit de 257 médicos e falta de recursos orçamentários para agilizar atendimento

Cerca de 900 pacientes com câncer aguardam há mais de dois meses por tratamento nos hospitais do instituto

Instituto Nacional de Câncer (Inca)Instituto Nacional de Câncer (Inca) - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) está com um déficit de 257 médicos somando as quatro unidades hospitalares no Rio, que têm 401 profissionais.

Em matéria publicada nesta quarta-feira, o Globo apurou que a fila de atendimento oncológico do Sistema Estadual de Regulação (SER) era composta por 2.908 pessoas, além disso, nos últimos cinco anos, as internações caíram 28%.

Em nota, a instituição explicou que "as causas da queda de atendimentos estão relacionadas ao déficit de recursos humanos, à estagnação de recursos orçamentários, além do perfil dos pacientes que chegam às unidades, com lesões cada vez mais avançadas".

As áreas mais críticas em relação à falta de médicos são Anestesiologia, Cancerologia Clínica, Anatomia Patológica, Pronto Atendimento, Terapia Intensiva adulto e pediátrica, Hematologia e Hemoterapia, Radiologia geral e intervencionista, Radioterapia e Medicina Paliativa.

Um concurso público está sendo organizado para a contratação de 1.580 pessoas, para atuação médica e administrativa — outro setor que também está sem reposição de pessoal.

Equipamentos defasados
Na nota, o Inca também informa que, no parque tecnológico, mais da metade dos equipamentos possuem mais de 20 anos de uso. Em 2023, 235 novos equipamentos foram adquiridos, o que demandou cerca de 90% do orçamento do instituto.

Contudo, como informam, "não foi zerada a necessidade de substituição de aparelhos que estão em final de sua vida útil". Como exemplo, a instituição cita o Robot, utilizado nas cirurgias, o PET CT e o Spect (uma técnica tomográfica de imagem médica da medicina nuclear que utiliza a radiação ionizante de raios gama).

O Inca também acrescentou que "os recursos anuais destinados são insuficientes para recompor a sua capacidade de atender a todos com o uso de equipamentos novos e mais modernos".

Oferta de medicamentos
Segundo a Coordenação de Administração Geral do instituto, mais de 80% dos itens requisitados pelo almoxarifado foram adquiridos. No entanto, existe uma exigência na oferta de medicamentos mais modernos e custosos, muitas vezes importados, mas que podem oferecer mais benefícios aos pacientes.

Obras em andamento
O Inca informa que não há nenhuma obra paralisada e que um novo Campus está em construção, com novas instalações, maquinário e tratamentos.

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