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Incêndio devasta prédio residencial no Bronx, em Nova York; dezenas de famílias ficaram desabrigadas

Mais de 200 bombeiros e trabalhadores de emergência médica responderam ao incêndio na manhã de sexta-feira. Não houve mortes ou ferimentos com risco de vida

Grande incêndio devasta prédio residencial no Bronx, em Nova York; dezenas de famílias ficaram desabrigadas Grande incêndio devasta prédio residencial no Bronx, em Nova York; dezenas de famílias ficaram desabrigadas  - Foto: Reprodução/FDNY

Dezenas de famílias estavam buscando abrigo depois que um grande incêndio atingiu um prédio residencial no Bronx na manhã desta sexta-feira, ferindo pelo menos sete pessoas, segundo o Corpo de Bombeiros. Não houve mortes ou ferimentos graves, de acordo com as autoridades.

A Cruz Vermelha estava no local ajudando os moradores desalojados, e um abrigo temporário foi montado nas proximidades, na Escola Bennington, na Adee Avenue. A organização forneceu comida ao longo do dia e estava ajudando as pessoas a encontrar hospedagem temporária em hotéis, disse Frederic Klein, porta-voz da entidade.

Até a tarde de sexta-feira, 254 pessoas de 93 famílias haviam se registrado para receber ajuda, de acordo com a Cruz Vermelha, incluindo mais de 55 famílias que precisavam de hospedagem.

 

“Nem todos se registram conosco se conseguem se recuperar por conta própria”, disse Klein.

No curto prazo, ele explicou, as pessoas seriam acomodadas em hotéis, onde se encontrariam com um assistente social que poderia ajudá-las a fazer a transição para o sistema de abrigos da cidade. A Cruz Vermelha também estava oferecendo suporte em saúde mental e ajudando a substituir medicamentos prescritos que não puderam ser recuperados de suas casas.

Na manhã de sexta-feira, cerca de 250 bombeiros e trabalhadores de emergência correram para o prédio residencial de seis andares na Wallace Avenue, próximo à Arnow Avenue, após um incêndio ser relatado pouco antes das 2h, informou o Corpo de Bombeiros. O fogo no último andar foi classificado como um incêndio de cinco alarmes cerca de uma hora depois.

Vários bombeiros ainda estavam reunidos do lado de fora do prédio às 10h. Muitas janelas do último andar estavam quebradas, algumas com fragmentos de vidro pendurados, parecendo dentes pontiagudos. A fumaça continuava a subir do prédio enquanto um bombeiro em uma escada jogava água no telhado.

O fogo foi controlado pouco antes das 14h (horário local), segundo as autoridades.

Entre os sete feridos estavam cinco bombeiros, informou o departamento em um e-mail. Uma pessoa foi atendida no local, mas recusou ser levada ao hospital. Um porta-voz da polícia disse anteriormente que algumas pessoas sofreram lesões por inalação de fumaça.

Robert S. Tucker, comissário dos bombeiros, disse em uma coletiva de imprensa que foi um milagre não haver ferimentos graves ou mortes. Autoridades disseram que todos os apartamentos no último andar do prédio foram destruídos.

Bombeiros lançaram água na fumaça e nas chamas que saíam dos andares superiores e do telhado, segundo vídeos postados online pelo Corpo de Bombeiros e veículos de notícias televisivos. Ventos fortes alimentaram o fogo, informou o departamento.

A causa do incêndio estava sob investigação, disseram as autoridades.

Juan Cabrera e sua família estavam entre os que buscaram ajuda na Escola Bennington. Cabrera relatou que ele e sua família não ouviram o alarme de incêndio, mas sim vidros quebrando enquanto moradores saíam pelas janelas. Ele também ouviu passos apressados no corredor um andar acima do seu enquanto outras pessoas gritavam: “Saiam!”.

Cabrera, de 47 anos, disse que sentiu cheiro de fumaça e acordou sua filha, Rose, de 13 anos. Ele e sua esposa, Aurora Tavera, pegaram os documentos de identidade, passaportes e celulares, e a família saiu do prédio.

— Graças a Deus estamos vivos — disse Cabrera, que trabalha como auxiliar escolar e zelador e mora no prédio há cinco anos: — Os bens materiais você pode recuperar, mas temos nossa família — afirmou ele.

Louis Montalvo, 55, também estava entre os que buscaram ajuda. Ele contou que os bombeiros bateram à sua porta por volta das 3h e que ele sentiu cheiro de fumaça.

— Sou grato por estar vivo — disse Montalvo enquanto esperava do lado de fora do abrigo temporário. Ele ainda vestia calças de pijama de feltro com estampa de bonecos de neve.

Luz Gonzalez, 65, contou que um bombeiro a ajudou a sair de seu apartamento. Ela disse que sofria de neuropatia crônica, diabetes e doença pulmonar.

— Graças a Deus consegui sair, porque, se não, estaria morta — disse ela, acrescentando que havia muita fumaça. Agora, Gonzalez estava tentando recuperar seus medicamentos e ficaria hospedada com sua filha. Contudo, explicou que essa solução não era viável a longo prazo e que não sabia para onde ir em seguida.

O último grande incêndio em um prédio de apartamentos no Bronx ocorreu em 2022 e resultou em 17 mortes, que, segundo especialistas, poderiam ter sido totalmente evitadas. As portas com fechamento automático do edifício não funcionaram corretamente, permitindo que a fumaça escapasse do apartamento onde o fogo começou e se espalhasse rapidamente pelos 19 andares da construção.

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