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Verão Amazônico

Incêndios na Amazônia brasileira aumentaram em julho

No mês passado, o Inpe detectou 5.373 focos de incêndio nessa região, contra 4.977 em julho de 2021

Foto aérea divulgada pelo Greenpeace mostrando fumaça saindo de um incêndio na floresta amazônica no município de Apuí, estado do Amazonas, Brasil, em 27 de julho de 2022Foto aérea divulgada pelo Greenpeace mostrando fumaça saindo de um incêndio na floresta amazônica no município de Apuí, estado do Amazonas, Brasil, em 27 de julho de 2022 - Foto: Christian Braga / Greenpeace / AFP

O número de incêndios florestais na Amazônia brasileira aumentou 8% em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado - revelam dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (1º).

No mês passado, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectaram 5.373 focos de incêndio nessa região, contra 4.977 em julho de 2021.

Este número é ligeiramente superior ao de 2019 (5.318) e menor que o de 2020 (6.803), para um mês propenso a incêndios, devido ao início da estação seca.

Desde o início do ano, foram detectados 12.906 incêndios, o que representa um aumento de 13% em relação aos sete primeiros meses de 2021.

"Este é só o início do verão Amazônico, estação com menos chuvas e umidade, onde infelizmente a prática de queimadas e incêndios florestais criminosos explodem", disse o porta-voz da Amazônia do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista.

Nesta época, há queimadas "nas áreas que foram derrubadas recentemente e deixadas para secar, ou mesmo queimando áreas de florestas que já foram degradadas pela extração ilegal de madeira", acrescentou.

Batista afirmou que, além de destruir a biodiversidade, a fumaça dos incêndios também afeta a saúde da população local.

Os meses mais devastadores dos incêndios florestais na Amazônia costumam ser agosto e setembro.

O Greenpeace publicou fotos aéreas de grandes incêndios florestais na semana passada durante um voo sobre o estado amazônico de Rondônia.

O Brasil registrou um desmatamento recorde no primeiro semestre do ano, com quase 4.000 km2 queimados. Este foi o maior registro desde que o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) começou a contabilizar os danos, em 2016.

O número representa um aumento de 10,6% em comparação com o mesmo período de 2021.

O presidente Bolsonaro, que busca a reeleição na eleição presidencial de outubro, é frequentemente criticado por suas políticas ambientais.

Os dados oficiais mostram que, desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia aumentou 75% em comparação com a década anterior. 

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