MUNDO

Incêndios no Havaí se tornam o segundo mais letal no século XXI

Perdas causadas por fogo são estimadas em pelo menos R$ 27 bilhões

Restos carbonizados de um complexo de apartamentos após um incêndio florestal em Lahaina, oeste de Maui, HavaíRestos carbonizados de um complexo de apartamentos após um incêndio florestal em Lahaina, oeste de Maui, Havaí - Foto: Yuki Iwamura/AFP

Os incêndios florestais no Havaí estão entre os mais mortais do século 21. Os 99 mortos até a manhã desta segunda-feira põem o desastre no estado americano como o segundo mais letal no período, sendo superado apenas pelos incêndios ocorridos na Austrália, em 2009. Os números no Havaí, contudo, ainda podem aumentar, uma vez que ainda há desaparecidos.

Os incêndios, que começaram na madrugada de terça-feira, afetaram ou destruiram mais de 2.200 estruturas no povoado costeiro de Lahaina, no oeste do Mauí, devastaram mais de 800 hectares em duas ilhas do arquipélago havaiano e obrigaram à retirada de milhares de pessoas, informou a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA). As perdas são estimadas em pelo menos US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões na cotação atual).

Recorde na Austrália em 2009
Pelo menos 179 pessoas morreram em incêndios florestais no sudeste da Austrália, especialmente no estado de Victoria, que enfrentou um episódio que ficou conhecido como "sábado negro" em 7 de fevereiro de 2009.

Como consequência das temperaturas extremas e da seca, cidades inteiras e mais de duas mil casas foram devastadas.

Mais de 100 mortes na Grécia em 2018
Em julho de 2018, um incêndio gigantesco que consumiu a estância balnear de Mati, cerca de 40 km a leste de Atenas, causou 103 mortes. Em poucas horas, mais de duas mil casas e quase 1.200 hectares queimaram. A maioria das vítimas ficou presa nas chamas enquanto tentavam fugir da cidade em seus veículos. Outros se afogaram tentando escapar pelo mar.

No final de agosto de 2007, o país, afetado por seca e três ondas de calor, já havia sofrido uma onda de incêndios. Os incêndios mais devastadores foram registrados no Peloponeso (leste) e na ilha de Eubéia (nordeste de Atenas), causando a morte de 67 pessoas.

Ao todo, cerca de 80 pessoas morreram nos incêndios naquele verão.
 

Mais de 90 mortes na Argélia em 2021
Em agosto de 2021, incêndios gigantescos devastaram o norte da Argélia, particularmente a Cabília, por mais de uma semana, causando mais de 90 mortes. Cerca de 26 das 58 prefeituras do país foram afetadas por incêndios, que reduziram a cinzas cem mil hectares de vegetação.

Mais de 85 mortes na Califórnia em 2018
Na madrugada de 8 de novembro de 2018, ocorreu um incêndio em torno de Paradise, uma cidade de 26.000 habitantes localizada ao norte de Sacramento (oeste).

O fogo alimentado por ventos violentos consumiu a região por mais de duas semanas, causando 86 mortes e queimando mais de 62 mil hectares de vegetação.

Mais de 60 mortos em Portugal em 2017
No dia 17 de junho de 2017, em pleno calor, um incêndio florestal queimou a vila de Pedrógão Grande na região de Leiria (centro).

As chamas provocadas por ventos muito violentos atingiram durante cinco dias cerca de 24 mil hectares de serras de pinheiros e eucaliptos, provocando 63 mortos, na sua maioria vítimas presas nos seus veículos que foram atingidos pelas chamas durante a fuga.

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