Índia assume presidência do G20 e pede fim da guerra
Desde a invasão russa da Ucrânia, a Índia aumentou suas compras de petróleo bruto à Rússia
A Índia iniciou sua presidência do G20, nesta quinta-feira (1º), com um apelo do primeiro-ministro Narendra Modi pelo fim da guerra, uma referência implícita à Rússia, sua aliada, por invadir a Ucrânia.
Modi fez o apelo em um artigo, no qual descreve as ambições da Índia para sua presidência do G20. O texto foi publicado pelo governo e pelo jornal britânico The Telegraph.
Leia também
• Tesouro dos EUA disponibiliza declarações fiscais de Trump ao Congresso
• Rússia acusa Alemanha de tentar "demonizar" o país com resolução sobre fome na Ucrânia
• Desastres naturais causaram prejuízos de US$ 115 bilhões no mundo este ano
"Hoje não precisamos lutar por nossa sobrevivência, nosso tempo não deveria ser o da guerra. Não deveria ser!", insistiu Modi.
O primeiro-ministro já havia apresentado uma mensagem similar ao presidente russo, Vladimir Putin, quando se reuniram durante a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai em setembro, na cidade uzbeque de Samarkand.
Até agora, a Índia não condenou a Rússia, de forma explícita, por invadir a Ucrânia, ignorando repetidamente os apelos dos Estados Unidos para que o faça.
Nova Délhi e Moscou têm laços que remontam à Guerra Fria, e a Rússia continua sendo seu maior fornecedor de armas.
Putin visitou Nova Délhi no final do ano passado. Abraçou Modi e saudou o "grande poder" da Índia, ao mesmo tempo em que ambos fortaleceram os laços militares e no setor de energia.
Desde a invasão russa da Ucrânia, a Índia, um importante consumidor do petróleo russo, aumentou suas compras de petróleo bruto, vendido com desconto após o embargo ocidental.