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Índia diz que Biden está de acordo em vigiar papel do Paquistão no Afeganistão

A Índia foi um dos partidários mais entusiastas do governo pró-ocidental no Afeganistão, que colapsou no mês passado quando Biden retirou as tropas americanas presentes ali por 20 anos.

Novo nome será determinado pela Casa Branca, e não pelo Departamento de EstadoNovo nome será determinado pela Casa Branca, e não pelo Departamento de Estado - Foto: Karen Bleier/AFP

A Índia disse nesta sexta-feira (24) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes concordaram em vigiar de perto o Paquistão e acrescentou que seu rival histórico tem sido um "instigador" de problemas no Afeganistão.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, celebrou sua primeira reunião presencial com Biden e depois participou de uma cúpula dos países "Quad" com líderes da Austrália e do Japão.

Durante a conversa, Modi compartilhou suas preocupações sobre o extremismo no Afeganistão depois da tomada do poder pelos talibãs no mês passado, disseram funcionários indianos.

"Havia uma sensação clara de que deve se manter um olhar mais cuidadoso e um exame e um acompanhamento mais cuidadosos sobre o papel do Paquistão no Afeganistão, o papel do Paquistão no tema do terrorismo", disse o ministro das Relações Exteriores, Harsh Vardhan Shringla, aos jornalistas após conversas na Casa Branca.

A Índia foi um dos partidários mais entusiastas do governo pró-ocidental no Afeganistão, que colapsou no mês passado quando Biden retirou as tropas americanas presentes ali por 20 anos.

O Paquistão foi o principal patrocinador do regime talibã entre 1996 e 2001, que impôs uma interpretação altamente estrita do Islã e deu as boas-vindas à rede Al Qaeda, o que levou à invasão americana após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Neste conflito, o Paquistão apoiou rapidamente os Estados Unidos, seu aliado na Guerra Fria, mas funcionários americanos têm acusado há tempos os poderosos serviços de Inteligência de Islamabad de manter o apoio aos talibãs, em parte devido às preocupações paquistanesas sobre a influência indiana no Afeganistão.

Os Estados Unidos, no entanto, acolheram publicamente os esforços do Paquistão, inclusive sua ajuda para levar os talibãs às frustradas negociações em última instância com o governo afegão deposto.

À margem da Assembleia Geral da ONU, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, agradeceu nesta quinta ao Paquistão por ajudar os cidadãos americanos a sair do Afeganistão.

Seu contraparte paquistanês, Shah Mahmood Qureshi, prometeu trabalhar para "alcançar nosso objetivo comum". 

O governo nacionalista hindu de Modi mantém relações tensas com o Paquistão, a quem acusa de fomentar ataques em solo indiano, embora no começo deste ano tenha pedido relações cordiais com seu colega, Imran Khan. 

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