Índia registra quase 4 mil mortos por Covid-19 e 412 mil novos casos em 24 horas
Com o recorde, o número de vítimas fatais no país chega a 230.168 e as infecções registradas desde o início da pandemia a 21,1 milhões
A Índia registrou o recorde de quase 4 mil mortes por Covid-19 e 412 mil novos contágios em 24 horas, de acordo com dados oficiais publicados nesta quinta-feira (6).
Os números do ministério da Saúde contabilizam 3.980 óbitos e 412.262 casos em apenas um dia, o que eleva a 230.168 o número de vítimas fatais e a 21,1 milhões as infecções registradas na Índia desde o início da pandemia.
Alguns especialistas consideram que os números oficiais estão muito abaixo da realidade.
O novo recorde rompeu uma série de vários dias de leve queda dos casos.
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Após o recorde anterior de 402 mil contaminações diárias na sexta-feira passada, nos dias seguintes o país registrou uma leve diminuição até 357 mil casos, antes de voltar a subir a partir de terça-feira.
O violento aumento dos números de casos desde o fim de março provocou o colapso dos hospitais, que enfrentam falta de leitos, remédios e oxigênio.
O governo do primeiro-ministro Narendra Modi se nega a decretar um confinamento generalizado, mas várias regiões, incluindo a capital Nova Délhi, Bihar e Maharashtra, optaram por confinar a população.
Os especialistas temem que o pior cenário ainda vai acontecer e que o pico epidêmico será alcançado dentro de algumas semanas.
"Um terceiro episódio é inevitável dados os elevados níveis de contaminação atuais", advertiu K. Vijay Raghavan, principal conselheiro científico do governo indiano.
"Mas não está claro exatamente quando acontecerá este terceiro episódio. Temos que nos preparar para novas ondas", afirmou em uma entrevista coletiva.
O governo enfrenta cada vez mais críticas diante da situação dramática que o setor de saúde enfrenta, com pacientes com dificuldade respiratória que morrem nas portas hospitais sobrecarregados, com escassez de oxigênio e abastecimentos médicos essenciais.
Nos últimos 10 dias, a Índia recebeu ajuda médica de emergência, que inclui gerados de oxigênio e respiradores, principalmente dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.