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Infectologistas apontam medidas para manter redução de casos de Covid e ter Carnaval mais seguro

Estado teve a primeira redução no total de casos de Covid-19 desde o fim de outubro

Especialista reforçam a importância da vacinaçãoEspecialista reforçam a importância da vacinação - Foto: Ed Machado/Arquivo Folha de Pernambuco

Após uma sequência de aumentos nos diagnósticos de Covid-19, o número de casos registrados da doença em Pernambuco reduziu na última semana de 2023, conforme dados divulgados, nesta quarta-feira (3), pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). De acordo com o boletim epidemiológico, houve uma diminuição de 40,8% entre a semana epidemiológica 51, compreendida entre 16 e 24 de dezembro, e a semana 52, de 23 a 31 de dezembro. Nesse período, o número de casos caiu de 2.468 para 1.461. 

Desde o fim de outubro, os casos vinham apresentando altas consecutivas no Estado, só reduzindo na última semana de 2023. Infectologista do Hospital Oswaldo Cruz, Filipe Prohaska reforça que a vacinação é o meio mais eficaz para prevenir a Covid-19 e explica que uma tendência de queda nos casos só poderá ser confirmada cerca de três semanas após as festas de Natal e Revéillon, quando houve uma grande concentração de pessoas em determinados espaços.

“A gente só vai ter uma real noção do impacto da Covid-19 contando três semanas depois do Natal e do Ano Novo. Nós sabemos que nessa época teve um maior aglomerado de pessoas, com maior concentração de famílias também. Então, para poder ter uma segurança com relação à estabilidade, ou queda dos números, será a partir de três semanas depois do Revéillon”, analisa.

Segundo Prohaska, a maioria dos casos registrados hoje em dia são leves e não requerem internamento, a não ser em situações que envolvem pacientes imunossuprimidos. “É um grupo que necessita de tratamento, às vezes com quadros mais graves”, conta.

O médico ressalta a importância de se manter os cuidados de prevenção. “Todo mundo sabe quais são os cuidados necessários, a necessidade da higienização das mãos, por exemplo. E os que possuem pessoas imunossuprimidas que fazem parte do grupo de risco dentro de casa, têm que ter cuidado redobrado. E reforço que a melhor forma de prevenir, sem dúvida, são as doses de vacina contra a Covid-19”, orienta.

As medidas devem ser intensificadas com a proximidade do Carnaval, mas, segundo avalia o infectologista, é importante, primeiro, analisar os resultados que virão a partir das festas de fim de ano. “Ainda é precoce para a gente falar sobre o Carnaval sem sentir como vai ser os números pós Ano Novo. Sabemos que no Carnaval, não só Covid, mas Influenza, mononucleose, meningite, essas doenças que podem ser transmitidas pelo contato, acabam tendo aumento no número de casos pela exposição das pessoas em grande quantidade nesses ambientes”, disse.

O infectologista Rafael dos Anjos, do Hospital Otávio de Freitas, enfatiza que as medidas de prevenção, inclusive próximo ao Carnaval, devem ser pautadas em dois pilares: autocuidado e cuidado coletivo. “São dois pilares muito importantes. O primeiro é o autocuidado: a pessoa higienizar as mãos com frequência, cuidar bem da saúde, se vacinar”, conta.

Tais práticas devem estar alinhadas ao cuidado coletivo, em sociedade. “É o senso de responsabilidade social, que a gente precisa resgatar. Eu tenho que me preocupar com a saúde do próximo também, porque se eu evitar de ficar doente, eu vou evitar de transmitir doenças.” 

Ele reforçou medidas fundamentais para a prevenção da Covid.

“Então, novamente, entra a higienização das mãos, a questão da vacinação. E se tiver sintomas respiratórios, que é aquela questão de nariz escorrendo, a coriza, a tosse, aquela questão de mal-estar, de febre, evitar o convívio com muitas pessoas em um ambiente fechado. E outro ponto: se tiver esses sintomas ou estiver convivendo com alguém com esses sintomas, voltar àquela nossa amiga máscara facial, que é importantíssimo”, frisou.

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