Dom, 28 de Dezembro

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BRASIL

Moradores do Amapá registram infestação de milhares de besouros

Animais "invadiram" cidade do interior do estado. Especialista explica causas prováveis

Besouros "invadem" casas e ruas em Amapá (AP)Besouros "invadem" casas e ruas em Amapá (AP) - Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma infestação de besouros assustou moradores do município de Amapá, localizado a cerca de 300 quilômetros da capital do estado de mesmo nome, Macapá. O flagrante foi feito entre a noite de domingo (7) e a manhã de segunda-feira (8).

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram milhares de insetos tomando ruas e calçadas das casas. É possível até mesmo ver um homem retirando muitos insetos com uma pá e colocando-os em um carrinho de mão.

Ao g1 Amapá, a aposentada Maria do Carmo relatou que teve a calçada e a casa invadida pelas catorras — como o besouro é conhecido no estado. 

"Eu tava na igreja né, tenho uma filha deficiente e aí a igreja foi invadida, chegando em casa, a mesma coisa. Aí, a gente varria, enchia balde e jogava fora e mesmo assim, não foi possível dar conta de tirar todos os insetos. Eu nem dormi, com medo por conta da minha filha também", relata a aposentada.

O biológo Manoel Garcia Júnior, professor da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), falou ao g1 Amapá que a infestçaão pode estar associada a vários fatores, como o movimento de cópula — encontro entre machos e fêmeas da mesma espécie. 

"Pode ter sido um movimento de cópula sincronizado por todo o grupo. Outro fator que pode ter contribuído com isso, são as fontes luminosas da cidade, que no interior da floresta esses organismos ficam mais parados, devido à falta de luminosidade, pois a referência luminosa que eles tem é somente a lua. Nesse caso, os refletores podem ter atraído esse grupo e causado essa infestação, então são diversos fatores", explica.

O especialista também diz que, no início do ano, é comum a aparição de insetos em maior número por conta do inverno amazônico.

"O ambiente vai estar mais propício à reprodução, ao deslocamento desses organismos em busca de um novo local de identificação, é bem comum ocorrer nesse período", finaliza o biológo.
 

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