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CoronaVac

Insumo para CoronaVac deve chegar ao Butantan em 26 de maio, diz Doria

Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida pelo ButantanCoronavac, vacina contra Covid-19 produzida pelo Butantan - Foto: Heudes Regis/SEI

O instituto Butantan, ligado ao governo do estado de São Paulo, deve receber um novo lote de insumos para a produção da vacina CoronaVac contra a Covid-19 no dia 26 de maio, segundo o governador João Doria. Serão 4.000 litros da substância vindos da China, o que vai permitir a produção de 7 milhões de doses do imunizante.

A fabricação da vacina pelo Butantan está parada desde a semana passada por falta da matéria-prima. A CoronaVac foi desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e é, atualmente, a vacina mais utilizada contra a Covid-19 dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.

Até o momento, o Butantan entregou 47,2 milhões de unidades do imunizante ao ministério. A última entrega havia sido na sexta-feira (14). O governador Doria culpou o governo federal pela paralisação na produção.
 



"Todos sabem, temos um entrave diplomático, fruto de declarações desastrosas feita pelo governo federal contra a China, e isso gerou um bloqueio por parte do governo chinês da liberação do embarque dos insumos", afirmou o governador na sexta (14).

O presidente Jair Bolsonaro tem sugerido que o país asiático se beneficiou economicamente da pandemia e afirmou que a Covid-19 pode ter sido criada em laboratório. Uma investigação realizada por um grupo internacional de cientistas concluiu que a hipótese de que o vírus tivesse "vazado" de um laboratório é "extremamente improvável".

Em nota, o governo de São Paulo diz que questões referentes à relação diplomática entre Brasil e China podem interferir diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos. "Não há entraves relativos à disponibilização de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) ao Butantan por parte da biofarmacêutica Sinovac", diz o texto.

A vacinação contra a doença é uma das maiores prioridades do combate à pandemia em meio às mortes causadas pelo vírus no país, mas há escassez de imunizantes para proteger toda a população.

Outra vacina disponível no Brasil, produzida por uma parceria entre a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e a Universidade de Oxford, é processada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) por meio de um acordo bancado pelo governo federal. Mas a produção tem sofrido atrasos consecutivos, e as estimativas de entregas do imunizante são constantemente reduzidas.

Já a vacina de Pfizer, que só recentemente começou a ser aplicada no país, conta com um número muito pequeno de doses disponíveis e um cronograma de entrega ainda mais lento (cerca de 15 milhões de doses no primeiro semestre deste ano).

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